quinta-feira, 31 de março de 2011

Cidades não estão prontas para as mudanças climáticas

ONU alerta que o atual modelo de urbanização está em rota de colisão com o clima e que se os governos não agirem rapidamente o aquecimento global poderá fazer com que 200 milhões de pessoas fiquem desabrigadas até 2050.

Se os cálculos das emissões de gases do efeito estufa das cidades englobarem processos como o consumo e geração de energia, os transportes e a produção industrial, as áreas urbanas aparecerão como as grandes vilãs mundiais, ficando responsáveis por 70% das emissões sendo que ocupam apenas 2% do território do planeta. É justamente como protagonistas das mudanças climáticas que o relatório Cities and Climate Change: Global Report on Human Settlements 2011 (Cidades e Mudanças Climáticas: Relatório Global sobre as Ocupações Humanas 2011) apresenta as cidades. Produzido pelo UN-Habitat, programa da ONU direcionado para promover o desenvolvimento social e ambiental das cidades, o documento afirma que o modelo atual de urbanização está seguindo um rumo de alto risco devido às transformações no clima.

“Nas próximas décadas, as mudanças climáticas irão fazer com que centenas de milhões de pessoas, na sua maioria as mais pobres e marginalizadas, fiquem cada vez mais vulneráveis a enchentes, deslizamentos de terra e outros desastres naturais. Esta é a previsão que fazemos baseados na melhor ciência que temos disponível”, alerta Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, no prefácio do relatório. Segundo dados da ONU, 59% da população mundial habitará áreas urbanas até 2030, sendo que a cada ano mais 67 milhões de pessoas passam a viver em cidades.

Esse cenário pode ainda ser alterado, pois o lado positivo das cidades serem responsáveis por 70% das emissões é que ações vigorosas bem direcionadas podem surtir um grande efeito. “O nosso relatório procura disseminar o conhecimento e contribuir para que as cidades consigam mitigar o aquecimento global e se adaptar às mudanças climáticas. Além disso, identificamos medidas já existentes e que podem ser replicadas em mais locais”, explicou Joan Clos, diretor executivo do UN-Habitat.

Entre essas políticas o relatório destaca, por exemplo, a cobrança de pedágio para a circulação de veículos privados nos centros das grandes metrópoles européias. Além de reduzir as emissões e melhorar a mobilidade urbana, os recursos adquiridos podem ser destinados para ações sustentáveis. Outra medida citada é a reforma de prédios públicos e a obrigatoriedade de adoção de padrões de eficiência energética para novas construções.

Com relação à adaptação às mudanças climáticas que já são irreversíveis, o UN-Habitat recomenda algumas normas simples principalmente para a construção de casas populares em países em desenvolvimento. Melhores fundações, aterramento mais elevado e colocação de plataformas sob os móveis são medidas simples que podem evitar com que as pessoas percam tudo o que possuem em cada enchente. Nosso relatório pode ajudar neste sentido, divulgando as melhores práticas já existentes e facilitando o intercâmbio de informações. É fundamental que as cidades percebam o quão importante é o papel delas para combater as mudanças climáticas”, concluiu Joan Clos.
Foto: Carbono Brasil

Assine a Petição pelo Código Florestal

As proposta do novo Código Florestal Brasileiro será votada na Câmara dos Deputados em breve! Deputados ruralistas estão investindo fortemente em uma campanha absurda para remover proteções ambientais e anistiar desmatadores. Se eles conseguirem, vastas áreas de vegetação nativa ficarão expostas ao desmatamento. Especialistas concordam que as alterações propostas pelos ruralistas para o Código Florestal podem levar a terríveis consequências, como agravamento de enchentes e deslizamentos, assoreamento de rios, perdas para a própria produção agrícola. Mas os ruralistas não escutam e querem aprovar a proposta agora! Assine a petição pedindo para os nossos deputados defenderem as florestas! . Vote aqui: https://secure.avaaz.org/po/peticao_codigo_florestal/?r=act

quarta-feira, 30 de março de 2011

O III Amcham Golf Cup teve o apoio da Ecossis

Ecossis esteve presente no III Amcham Golf Cup. O evento relacionado às práticas esportivas ocorreu nos dias 26 e 27 de 2011 no  Graciosa Country Club, em Curitiba, e contou com um campeonato de golf, tendas de iniciação entre outras atrações. A Ecossis além de ser uma das apoiadoras, esteve presente no evento.

Segundo Gustavo Leite, diretor da Ecossis, o apoio surgiu de um projeto em conjunto com a Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (AMCHAM), no intuito de realizar a neutralização do carbono do evento.  Participaram do torneio aproximadamente 100 jogadores.  A terceira edição do evento foi uma realização da Câmara Americana de Comércio Brasil, oferecimento do Grupo Thá e patrocínio da Stuttgart Sportcar. Em torno de 2000 visitantes prestigiaram o evento.

Energia extraída por "folha artificial" pode iluminar uma casa inteira

Cientistas anunciaram, neste domingo (27), a primeira folha artificial que consegue transformar água em energia. Trata-se de uma célula solar capaz de imitar a fotossíntese – processo, que nas plantas verdes, serve para converter a luz solar e a água em energia –, com dez vezes mais eficiência. A novidade é formada por silício, circuitos eletrônicos e substâncias catalisadoras – usadas para acelerar reações químicas.

Colocado sob um litro de água e exposto à luz solar, o dispositivo pode produzir eletricidade suficiente para abastecer uma casa por dia, explica o químico Daniel Nocera, coordenador do estudo feito no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), nos Estados Unidos, que resultou na folha. A célula usa cobalto e níquel para dividir os dois componentes da água: oxigênio e hidrogênio. Esses dois componentes são armazenados em uma célula de combustível, colocada no alto de uma casa ou em sua lateral, que usa essas duas substâncias para produzir eletricidade.

A primeira tentativa de criar uma folha artificial nos Estados Unidos aconteceu há mais de uma década. Embora fosse eficiente para imitar a fotossíntese, o modelo antigo era baseado em metais raros e caros e só durava um dia. A folha artificial desenvolvida por Nocera e sua equipe supera esses obstáculos porque é simples e feita de materiais baratos que são facilmente encontrados. Estudos em laboratório mostraram que o produto pode funcionar por pelo menos 45 horas sem uma gota, explicou o cientista.

- A folha artificial promete ser uma fonte barata de eletricidade para as casas das pessoas pobres nos países em desenvolvimento. Nosso objetivo é fazer com que cada casa tenha a sua própria estação de energia. Podemos imaginar vilarejos na índia e na África, que poderão comprar um sistema de alimentação de energia a preços acessíveis.
Fonte: Portal PCH

segunda-feira, 28 de março de 2011

Pesquisadores apresentam sugestões ao governo do Rio para prevenir desastres naturais

Os pesquisadores do Instituto de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) apresentaram hoje (25) ao governo do Rio sugestões de medidas para evitar catástrofes como as causadas pelas chuvas que castigaram a região serrana fluminense em janeiro. Parte das sugestões já constava num relatório encaminhado no mês passado à Presidência da República, entre as quais estão a execução de mapeamentos de risco, a criação de um sistema de alerta e a desocupação gradual de áreas de risco.

Especificamente para o Rio de Janeiro, os pesquisadores sugeriram que cada uma das nove bacias hidrográficas do estado tenha um comitê para desenvolver planos de desenvolvimento regional de prevenção e de contingência. O comitê seria coordenado por um oficial do Corpo de Bombeiros e participação de autoridades ambientais, da Defesa Civil, da Polícia Militar, de órgãos municipais e de empresas privadas. “A ideia é fazer a prevenção, usar as informações em tempo hábil, o que é difícil, no caso de grandes temporais, treinar a sociedade e estabelecer padrões. Nós não temos no Brasil a tradição de se proteger do risco. 

Há uma resistência da população”, disse o diretor do Coppe, Luiz Pinguelli Rosa. Segundo o subsecretário estadual do Ambiente, Luiz Firmino, as sugestões dos pesquisadores serão analisadas pelo governo do Rio. Uma comissão estadual, criada logo depois das chuvas de janeiro, poderá usar as sugestões no relatório que será encaminhado até o fim do mês ao governador Sérgio Cabral. O documento propõe medidas para prevenir e minimizar desastres naturais.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Animais tentam escapar de cheia no Pantanal

Animais silvestres no Pantanal de Mato Grosso do Sul procuram refúgio em poucas áreas que permaneceram secas após uma cheia que isolou sedes de fazendas e prejudica a retirada de rebanhos por caminhões boiadeiros. A cheia atingiu a estrada parque, um corredor turístico e rota comum de pecuaristas. “Está ficando complicado, todo mundo está indo embora. Não tem mais o que fazer”, diz o pecuarista Marcos Wanderley. “De um dia para o outro se nota, mais ou menos, um palmo de altura acima do aterro”. 

Um trecho da estrada mais parece a correnteza de um rio. A via, que tem 130 quilômetros, está com um trecho de 70 quilômetros interditado.  Pontes foram levadas pela força da água. A situação da estrada dificulta a retirada de gado. “A situação está muito difícil. É muita água, as pontes não dão condições para trabalhar. Essa época é um sofrimento”, conta o caminhoneiro Antonio Carlos de Queiroz. Do outro lado do rio, caminhões estão cheios de bois debilitados. Um bezerro fraco é pisoteado por outros animais em um dos caminhões. “

O estado do gado que estamos transportando é fraco porque está preso, sem comer”, diz o caminhoneiro Paulino Campos. Alguns animais nadam sem rumo, buscando um pedaço de terra seca para se abrigar. Outros não resistiram à falta de comida e morreram. “É terrível. Uma coisa que os próprios pantaneiros nunca viram igua. Animais morrendo, pessoas ilhadas sem terem condições de se mover”, diz o pecuarista Catarino Gimenez.
Fonte:G1

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vem aí o 6° encontro dos Profissionais do Meio Ambiente

 
O evento será realizado no Auditório da empresa Dow Corning, na cidade de Hortolândia SP, no dia 27 de abril de 2011. O encontro tem a finalidade de discutir temas relacionados com a sustentabilidade, a interação de agentes e especialistas da área, prefeitos e empresas da Região Metropolitana de Campinas, bem como a apresentação e exposição de produtos, serviços e tecnologias com foco em sustentabilidade. Assista ao vídeo do 3° encontro dos Profissionais do Meio Ambiente. Mais Informações: http://www.elusambiental.org.br/

Contaminação continua crescendo em Fukushima

Novamente hoje, por volta das 16h30 da hora local (4h30 de Brasília), nuvem de fumaça preta foi vista saindo do reator 3 da central nuclear de Fukushima. É a segunda vez em dois dias e segundo especialistas ouvidos pela emissora de TV japonesa NHK, não se trata de vapor d'água. Imprensa, governo e orgãos internacionais começam a lançar as primeiras estimativas – assustadoras  - dos níveis de radiação e contaminação nos arredores de Fukushima.

Segundo o governo japonês, a contaminação no solo a 40 km da usina já é 400 vezes maior do que o recomendado. Pela Agência Internacional de energia Atômica (AIEA), o nível de radiação em até 20 km das usinas já era de 1,6 mil vezes acima do normal. De acordo com a rede de TV NHK, o ministério da Ciência do país mediu emissão de raios gama 400 vezes acima do normal no solo a uma distância de 40 km da usina. Repostagem do jornal Estado de SP ouviu especialista da Universidade de Gunma, no Japão, que afirma que a radiação liberada de iodo em uma amostra de 5 cm de solo a 40 km de Fukushima Daiichi está acima 430 vezes do nível normal, e a de césio, 47 vezes maior.

Governos de todo mundo começam a suspender importações de produtos agrícolas japoneses por conta do risco de contaminação – foi encontrada radiação alta em brócolis, espinafre e leite em cidades próximas à Fukushima e a água da torneira, antes própria para consumo, permanece proibida.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Curso de papel reciclado recebe inscrições

Estão abertas as inscrições para o Curso de Papel Reciclado para Multiplicadores, tradicional atividade da Usina do Papel e que vem formando profissionais na área há 18 anos. As aulas teóricas e práticas acontecem nas quartas feiras, das 14h às 17h em 12 encontros e têm início no dia 6 de abril. A apostila e o material são gratuitos. Informações e inscrições podem ser feitas pelo fone 3289-8143, pelo e-mail usina@smc.prefpoa.com.br, ou no térreo da Usina do Gasômetro.

MPF em RO denuncia 19 pessoas por fraudes na indústria madeireira

O Ministério Público Federal (MPF) no município de Ji-Paraná, em Rondônia, denunciou 19 pessoas por improbidade administrativa, entre elas 7 funcionários do Ibama. As acusações incluem pagamento de propina para fazer vistorias e cadastrar madeireiras irregulares. A denúncia também cita o pagamento ilegal para a entrega de autorizações de transporte de produtos florestais e a divulgação de informações sigilosas a respeito de fiscalizações ambientais, além de outras irregularidades. Segundo o MPF, a investigação começou em 2005, após a denúncia de um servidor do Ibama em Ji-Paraná, que começou a ser pressionado para participar de esquemas de corrupção. O servidor foi ameaçado para não aplicar multas a empresas nem bloquear autorizações de transporte de produtos florestais, de acordo com o MPF.

Investigações do órgão detectaram que, entre 2004 e 2006, ao menos 1.081 autorizações como essas, emitidas pelo Ibama, foram dadas de forma ilegal a madeireiras de Rondônia. O esquema permitiu aos fraudadores movimentar quantidade maior de madeira do que o volume declarado nas autorizações, contribuindo para o desmatamento ilegal de árvores na Amazônia. O MPF pediu a suspensão dos diretos políticos, pelo período de oito a dez anos, de todos os acusados na denúncia, além de pagamento de multa e proibição de contratação pública ou de receber incentivos fiscais pelo período de dez anos. Ibama - Em nota divulgada por meio de sua assessoria, a superintendência do Ibama em Rondônia informa que seis de seus servidores envolvidos no esquema foram demitidos em 2008.
Fonte: G1

quarta-feira, 16 de março de 2011

PUC-RS oferece Especialização em Paisagismo

O Paisagismo é a arte e técnica de promover o projeto, planejamento, gestão e preservação de espaços livres, urbanos ou não. Conhecido também como arquitetura da paisagem, o paisagismo hoje, é altamente tecnificado e vem se consolidando de maneira crescente como fértil, criativo e desafiador campo de estudos, pesquisas e atividades. 

Com o objetivo de suprir a lacuna definida pela falta de cursos semelhantes em instituições congêneres regionais e pela demanda existente por oportunidades de educação continuada na área do Paisagismo, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), está com inscrições abertas para o curso de especialização em Paisagismo, com início em abril de 2011.

O Curso é voltado para os profissionais de nível superior interessados em qualificação profissional em Paisagismo, arquitetos e urbanistas, biólogos, engenheiros agrônomos e florestais e contemplam abordagem interdisciplinar, que busca preparar esses profissionais para uma atuação mais ajustada e coerente com as necessidades atuais da sociedade e do mundo do trabalho.  

Corpo Docente - Me. Alexandre Frittoli Horch. Dr. Atelene Normann Kampf. Dr. Cláudio Augusto Mondin. Me. Dilton de Castro. Me. Eduardo Azambuja. Esp. Gilberto Correa da Costa. Esp. Guilherme Takeda. Esp. Gustavo Duval Leite. Dr. Maria Beatriz Kother. Me. Luciano Battastini. Me. Maria Alice Dias. Me. Maria Lúcia Tiellet Nunes. Me. Maria Regina Gravato de Mattos. Dr. Mauricio Ayres Torres. Dr. Nara Naumann Machado. Dr. Paulo Renato Mesquita Pellegrino. Dr. Raquel Rodrigues Lima. Dr. Rosane Vargas Bauer. Dr. Rossana Maria Gessinger. Me. Renato da Silva Solano. Me. Udo Silvio Mohr  

Disciplinas -  Desenvolvimento Sustentável. Estudo da Paisagem I. Estudo da Paisagem II. Estudo Plástico da Vegetação. Empreendedorismo. Gestão de Projetos. História da Arquitetura da Paisagem. Introdução à Botânica. Metodologia de Pesquisa. Paisagem, Percepção e Cognição Ambiental. Plantas Ornamentais. Práticas de Campo. Seminário I. Seminário II. Seminário III.
Inscrições: 03/01/2011 até 25/03/2011
Matrícula: De 07 a 17 de abril
Duração do Curso: 08/04/2011 até 23/06/2011
360 horas/aula
Investimento
Inscrição - R$68,00
Público em geral: 1 + 14 de R$ 525,00
Mais Informações
Av. Ipiranga, 6681 Prédio 15, sala 112/ Partenon / Porto Alegre/RS
CEP: 90619-900 / Fone: (51) 3320.3727
E-mail: 
educacao.continuada@pucrs.br,
pos-ap@pucrs.br
maria.mattos@pucrs.br
arquitetura@pucrs.br

Desastres radioativos continuam, mas Brasil não avança

A calamidade nuclear japonesa voltou a se intensificar nesta quarta-feira, dia 16. Ainda com as incertezas sobre o grau de contaminação liberada pela explosão de um reator e os danos provocados em outros dois no complexo nuclear I de Fukushima pairando no ar, o país assistiu ao quarto reator pegar fogo hoje. Hordas de japoneses em desespero tentam fugir da região nordeste do país, onde os serviços de transporte sequer foram reestabelecidos após o maior tremor de terra da história do país e ondas gigantes trazerem o caos para uma das nações mais desenvolvidas nações do mundo. 

Para os que não conseguiram sair da região, as medidas de precaução passam por fechar todas as janelas, evitar ligar ventiladores e lavar repetidamente as roupas, em uma tentativa de evitar o pior da contaminação. Hoje, moradores em um raio de 10km do complexo nuclear de Fukushima 2, que até o momento não sofreu danos, foram evacuados. A fumaça nuclear, por conta dos ventos, pode atingir Tóquio. Segundo o jornal japonês Kyodo News, o plano de resfriar o reator 3 que sofre de superaquecimento e estaria liberando vapor atômico com o uso de um helicóptero carregado de água acaba de ser descartado, devido aos altos graus de radiação detectados no espaço aéreo das usinas. 

A repercussão mundial do drama nuclear japonês, que já atinge grau 6 em uma escala de perigo que vai até 7 (grau máxio concedido ao caso de Chernobyl), por enquanto, tem sido de reavaliação do potencial destrutivo desta energia. Ângela Merkel, chanceler alemã, anunciou que 7 centrais nucleares serão fechadas. No Brasil, apesar de expressar preocupação, Dilma Rousseff descartou mudanças na política energética do país. 

Odair Gonçalves, presidente da Comissão Nacional de Energia Atômica afirmou ontem à imprensa que se as usinas de Angra dos Reis (RJ), as duas que se encontram em funcionamento no país, fossem construídas hoje, não teriam a mesma localização. Mas, segundo ele, não por questões de segurança, mas por motivos econômicos. O Greenpeace entrou com pedido na justiça para suspender a construção da usina nuclear de Angra III. Participe hoje do debate ao vivo com nosso especialista em energia e responsável pela campanha que apóia investimentos e energia renovável e repudia a energia nuclear no Japão, Ricardo Baitelo. Ele responderá a dúvidas e liderará um debate em nosso site. Participe através deste link.
Fonte: GreenPeace

segunda-feira, 14 de março de 2011

MMA alerta: campanha das sacolas plásticas não tem intermediários

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) tomou conhecimento de que a campanha Saco é um Saco tem sido utilizada indevidamente por pessoas de má fé, que se apresentam como "parceiros" da campanha ou "representantes" do Ministério e, com isso, convencem prefeituras e instituições a investirem em ações para o consumo consciente de sacolas plásticas que não acontecem.

O alerta foi feito pelo ambientalista e jornalista Ezekiel Gringo, de Barra Velha, Santa Catarina, informando que pequenas empresas, organizações não governamentais e prefeituras foram procuradas por um suposto representante oferecendo a realização da campanha. O "serviço" incluiria a impressão das logomarcas dos interessados em sacolas retornáveis doadas pelo MMA e o custo ficaria por conta da impressão, orçada entre R$ 200 e R$ 300. Dois supermercados, uma escola particular, uma casa de fotocópias, um mercado, duas padarias, uma loja de R$ 1,99, uma loja de pesca e até uma igreja caíram no golpe do estelionatário, que desapareceu com o dinheiro levantado, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 3.500 no comércio local, além da frustração de pessoas bem intencionadas.

O Ministério alerta que a campanha Saco é um Saco não tem intermediários e que o contato entre os interessados e o MMA se dá diretamente por meio do seu corpo técnico de servidores públicos. Ninguém e nenhuma organização não governamental ou empresa estão autorizados a falar em nome da campanha ou do Ministério e qualquer tentativa nesse sentido se trata de ato criminoso de estelionato. A coordenação da campanha ainda esclarece que não há "levantamento de recursos" para a realização da iniciativa em municípios, nem há contratação de cooperativas para confecção de sacolas retornáveis em nome da campanha. A vinculação da campanha a propostas comerciais é crime de falsidade ideológica. 

A campanha Saco é um Saco é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, uma ação de interesse público, pensada para ser trabalhada por entidades governamentais, da sociedade civil, empresas e consumidores que queiram mobilizar a sociedade brasileira a diminuir o consumo excessivo de sacolas plásticas. Tudo isso sem ônus, sem repasse de recursos, sem investimentos ou contratos. O MMA solicita que qualquer instituição abordada por pessoas que se dizem representantes da campanha, entre em contato com a coordenação responsável enviando e-mail para consumosustentavel@mma.gov.br.
Fonte: MMA

quinta-feira, 10 de março de 2011

Equipes fiscalizam o Rio dos Sinos e seus afluentes

Para preservar o Rio dos Sinos no trecho de Novo Hamburgo, é preciso também pensar nos afluentes que cortam o perímetro urbano. A sujeira e os produtos químicos lançados nos arroios podem contaminar a bacia, inclusive contribuindo para morte de peixes. Equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), em operações quinzenais, percorrem o trecho do rio a bordo de um barco a motor para recolher o lixo acumulado nas margens e as redes ilegais de pesca. A falta de tratamento do esgoto cloacal é outra preocupação da Prefeitura. Para resolver, haverá uma série de obras.

Arroios -
Os afluentes do Rio dos Sinos espalhados pelo perímetro urbano estão vulneráveis ao despejo de lixo pela população e de produtos químicos das indústrias. De acordo com o assessor executivo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), Fernando Marco, o controle é feito por vários agentes. As infrações podem ser punidas com multas ou ações de preservação como a compra de mudas de árvores.

Água é monitorada -
Para garantir o abastecimento da população, a Comusa - Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo realiza mais de 11 tipos de análises do Rio dos Sinos. Já o Laboratório de Educação Ambiental (LEA) atende 7 mil visitantes por ano e desenvolve ação de conscientização sobre a preservação dos recursos hídricos. Outra ação é o projeto Amigos da Água que foi criado em 2009 e já beneficiou mais de 330 estudantes. Os alunos aprendem o tratamento da água, as redes de esgotamento sanitário, os perigos da poluição e dicas de consumo consciente.

Como denunciar
Casos de lixo depositado irregularmente podem ser denunciados à Semam pelo telefone (51) 3594-9935, no ramal 9173. Os problemas também podem ser informados pelo e-mail denuncia_semam@novohamburgo.rs.gov. O plantão da fiscalização, exclusivamente em quintas e sextas-feiras, das 19 horas às 23h30, aos sábados das 8 horas às 23h30, aos domingos e feriados do meio-dia às 23h30 atende pelo número (51) 9645-7266

Prevenção de enchentes - Os sinais da poluição são visíveis. Basta passar pelos arroios do Sinos para enxergar garrafas PET, sacolas plásticas e papéis espalhados. O lixo descartado pode entupir a canalização de esgoto e provocar alagamentos. Entre as melhorias previstas, a Prefeitura realizará 16 obras, que irão beneficiar os arroios Gauchinho, Luiz Rau, Manteiga e Pampa dentro do PAC Manejo das Águas Fluviais. O pacote prevê o repasse de R$ 22,7 milhões.
Fonte: DC

Preso empresário que usava arroio para lavar embalagens de veneno

Estabelecimento não tinha licença ambiental. Dono foi preso em flagrante em Igrejinha. Ligações anônimas para a prefeitura de Igrejinha ontem fizeram com que lideranças ambientais da região chegassem a mais uma mortandade de peixes. Dessa vez, uma enorme quantidade de animais morreu no Arroio Koetz, entre os bairros Viaduto e Centro nas Ruas Pedro Kehl e Érico Veríssimo. Segundo o biólogo e assessor do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público, Jackson Müller, um cheiro forte de venenos como herbicidas e inseticidas foi detectado. 

Logo em seguida, uma investigação fez com que o dono de uma empresa de dedetização fosse preso em flagrante. O estabelecimento não tinha licença ambiental para funcionar e embalagens de produtos foram encontradas vazias dentro e fora do arroio perto da empresas. Segundo o promotor regional do meio ambiente, Daniel Martini, proprietário confessou que usava o arroio para lavar as embalagens de veneno.

A secretária de Meio Ambiente de Igrejinha, Alessandra de Azambuja e seus técnicos se dirigiram para o local por volta das 16h30. Logo após foram acionados o promotor Daniel Martini, o biólogo do Ministério Público Jackson Müller, a delegada do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Elisângela Melo e Patrulha Ambiental da BM. "O que nós queremos avisar é que temos condições de chegar em quem faz isso, essa ação é um prova", avisa o promotor. O proprietário foi encaminhado para o Deic e, se for réu primário, poderá responder processo em liberdade. Foram recolhidas duas amostras de peixes agonizando e duas de peixes mortos para serem analisadas. 
Fonte: DC

quarta-feira, 9 de março de 2011

Filme discute aquecimento global em linguagem simples

O documentário Carbono & Metano, voltado para o tema do aquecimento global, acaba de ser lançado pela PH Multivisão e Vídeo. Destinado preferencialmente a crianças e jovens de 10 a 15 anos de idade, aborda de forma lúdica e descontraída temas aparentemente de difícil compreensão como efeito estufa e mudanças climáticas. Incentivado pela Lei Rouanet e patrocinado pela Tetra Pak, o filme tem cerca de 50 minutos e é dividido em três episódios, facilitando a utilização didática.

Carbono & Metano é um “documentário de ficção” que se desenrola em duas camadas narrativas sobrepostas ao longo da história: a parte ficcional tem como fio condutor as moléculas protagonistas e o documentário é apresentado pela simpática repórter Joyce. “Sabemos, por experiência, que um enredo ficcional bem montado ajuda a captar a atenção de nosso público e a encantá-lo, o que favorece muito a transmissão de conteúdos científicos, mesmo quando complexos”, diz Philippe Henry, responsável pelo roteiro e direção.

O filme conta a história de Carbono e Metano, interpretadas por atores, e suas tentativas de "dominar o mundo” por meio do efeito estufa e do aquecimento global. Em estilo de gibi de super-heróis, o média-metragem trata de um dos maiores problemas da atualidade: a sustentabilidade, ou seja, o equilíbrio entre desenvolvimento econômico, justiça social e respeito ao meio ambiente.

Cientistas, professores, ambientalistas, pedagogos e outros especialistas participam do filme, emitindo opiniões embasadas sobre os temas abordados. Entre eles estão Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Ministério da Ciência e Tecnologia, Virgilio Viana, da Fundação Amazônia Sustentável, e Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente de conservação do WWF-Brasil.

Carbono e Metano foram humanizados e o resultado é que suas personalidades são espelhos de seus traços químicos. Carbono é mais encorpado (com maior peso atômico), enquanto Metano é mais franzino. Isolados, são afáveis e amigáveis - na origem, foram responsáveis pelo surgimento da vida. Reunidos em bandos, descontrolados, podem se tornar agressivos e antissociais, formando verdadeiras “gangues”. Representam, respectivamente, 80% e 15% das emissões de gases de efeito estufa.

O filme está disponível no Youtube, em cinco partes. A primeira parte pode ser vista abaixo, e as outras podem ser encontradas no link http://www.youtube.com/user/PHMultivision.
Fonte: WWF

Rio Aripuanã transborda e derruba maior ponte de madeira da América do Sul

Os municípios de Colniza e Aripuanã, em Mato Grosso, estão isolados do restante do estado devido às fortes chuvas que provocaram a elevação do nível do Rio Aripuanã e derrubaram a maior ponte de madeira da América do Sul. Com 275 metros, a ponte era um dos dois acessos a Colniza, pelo Distrito de Guariba. Outra ponte, que liga os municípios, está coberta pelas águas do Rio Canamã, numa altura de 2 metros, impedindo a passagem de qualquer veículo.

Colniza faz parte do chamado Cinturão Verde da Amazônia e está situada a 1.065 quilômetros (km) da capital Cuiabá. A distância de Aripuanã a Cuiabá é 1.050 km. Uma ponte que liga Colniza ao Distrito de Cotriguaçu também desabou e bloqueou o acesso rodoviário ao Distrito de Nova União. As rodovias estaduais que ligam os municípios ao resto do estado são a MT-418 e a MT-206.

A Defesa Civil de Cuiabá não tem informações sobre vítimas e prejuízos causados pelas enchentes, além da perda da ponte de madeira. O que mais preocupa é o abastecimento de óleo combustível, que garante energia à região e cujos estoques são normalmente calculados para 15 dias.

A Defesa Civil do estado está providenciando barcos para abastecer a população de Colniza e Aripuanã, situados no norte de Mato Grosso e cujas populações são, respectivamente, de 26.390 e 18.581 habitantes, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Aviões serão utilizados também pelo governo do estado para levar medicamentos à região, devido ao bloqueio das estradas.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Aproveite o Carnaval sem abrir mão da sustentabilidade

Na próxima sexta-feira, dia 4 de março, os brasileiros entrarão, oficialmente, no clima de Carnaval. Viagens, desfiles de escolas de samba, blocos de rua, trios elétricos, festas à fantasia... o feriado pode ser aproveitado de várias maneiras, mas no fundo todos querem a mesma coisa: se divertir. Curtir o Carnaval, no entanto, não precisa ser sinônimo de irresponsabilidade e destruição – e, muito menos, de ecochatice. Dá para aproveitar os quatro dias de festa com muita alegria e sem contribuir para a depredação da cidade onde você está ou do meio ambiente. Duvida?

Confira, abaixo, 10 dicas supersimples para os foliões que estão dispostos a aproveitar o Carnaval sem deixar de lado a consciência socioambiental.

1- SEJA UMA BOA VISITA - Não importa se você vai viajar nesse feriado ou ficará na sua cidade: quando estiver curtindo o Carnaval, na rua, respeite o espaço público! Fazer xixi no asfalto, destruir placas de sinalização, subir em cima de árvores e depredar monumentos não tem nada a ver com diversão, mas sim com falta de cidadania.

2- FAÇA DO DITADO UMA MARCHINHA - LUGAR DE LIXO É NO LIXO
A sujeira que o Carnaval deixa nas cidades é um dos maiores problemas do pós-feriado: latas de alumínio, garrafas de vidro, copos plásticos e panfletos de divulgação são facilmente encontrados nas ruas, entupindo bueiros e aumentando o risco de enchentes. Até mesmo os mares são feitos de lixeira pelos foliões, o que polui a água e prejudica a biodiversidade marinha. No ano passado, a ONG internacional Global Garbage postou focos chocantes do fundo do mar de Salvador, 10 dias depois do Carnaval: mais de 1.500 latinhas e garrafas, além de pedaços de abadás e outros objetos plásticos, foram encontrados por mergulhadores. Jogar o lixo no lixo, durante a folia, daria muito menos dor de cabeça na ressaca do pós-Carnaval!

3- GASTE ENERGIA, APENAS, NAS COMEMORAÇÕES - Se você for viajar, não esqueça de tirar da tomada todos os aparelhos eletroeletrônicos – como televisão, computador e microondas –, que ficam na sua casa. Segundo o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, tirar esses equipamentos da tomada, quando eles estão fora de uso, pode reduzir a conta de luz em até 25%.

4- NÃO TOLERE A EXPLORAÇÃO Em 2010, a SDHU – Secretaria de Direitos Humanos recebeu cerca de 145 mil denúncias de abuso infantojuvenil e 34% delas estavam relacionadas a atividades sexuais. No Carnaval – por conta do aumento da circulação de pessoas nas cidades e, também, do clima de “pode tudo” –, a incidência dos crimes de abuso a crianças e adolescentes aumenta ainda mais. Se você presenciar alguma cena de exploração, não exite em denunciar.

5- ABUSE DA CRIATIVIDADE PARA SE FANTASIAR - Viagens e abadás já custam tanto dinheiro que economizar na hora de se fantasiar é uma ótima ideia. Que tal liberar a criatividade e utilizar materiais usados para confeccionar sua roupa de Carnaval? Além de poupar o bolso, você dá uma trégua para o meio ambiente e, depois da folia, dá para reciclar a fantasia ou, então, trocá-la com amigos.

Equipe da Ecossis realizou vistoria no Município de Feliz

Nesta semana, a Equipe da Ecossis esteve no município de Feliz realizando uma vistoria para analisar aspectos relativos à operação de saibreiras e da cascalheira (lugares onde ocorre a retirada de material para a conservação de estradas sem asfalto). A Geóloga Patrícia Zacca responsável pela ação disse que o grupo foi analisar os fatores geotécnicos do local. Além disso, eles receberam informações do secretário de obras da Prefeitura de Feliz sobre as medidas compensatórias que estão sendo adotadas nas áreas de algumas saibreiras que estão em fase final de exploração. 
* Lenize Vargas Lopes

quarta-feira, 2 de março de 2011

Ciclistas protestam em Porto Alegre

Número estimado de 2 mil ciclistas e simpatizantes do movimento Massa Crítica protestou na noite de hoje, na região central de Porto Alegre, contra a violência no trânsito. A manifestação foi desencadeada pelos atropelamentos sofridos, no último dia 25, por participantes do grupo, que pedalavam por ruas do bairro da Cidade Baixa, em favor do uso das bicicletas em substituição aos automóveis. Representantes do grupo foram recebidos por Cezar Bussato, secretário de Coordenação Política e Governança Local, na Prefeitura, segundo divulgação ao 'vivo' do jornal Zero Hora. Em outras cidades no Brasil e do mundo atos de solidariedade também estão sendo realizados, como em São Paulo, Belo Horizonte e Bogotá, na Colômbia.

A pedalada é praticada pelos ativistas toda última sexta-feira do mês, no início da noite, tendo como ponto de partida, o Largo Zumbi dos Palmares. O slogan utilizado pelo grupo é - "Venha de bicicleta celebrar o meio de transporte mais democrático, ágil, saudável e sustentável" - "Vamos exigir espaço e respeito no trânsito".

Na página do movimento, no Facebook*, mensagens de solidariedade e de notícias sobre o episódio chegam a todo momento, de vários estados. O flagrante do atropelamento gravado em vídeo no youtube é um dos mais acessados e causa perplexidade pela cena 'chocante'. A notícia repercutiu internacionalmente e foi veiculada em publicações, como o jornal britânico The Guardian, com o título "Driver ploughs into Critical Mass Ride in Brazil"* . O italiano Corriere della Sera reproduziu o vídeo, com o título "Brasile, auto travolge gruppo di ciclisti".

Além de vítimas do incidente, Ricardo Neis, 47 anos, motorista suspeito de autoria do atropelamento, se apresentou ontem na Delegacia de Delitos do Trânsito, em companhia de seu advogado, e alegou inocência (leia notícia Motorista que atropelou ciclistas se apresenta à polícia) . Segundo notícia veiculada hoje, nos jornais Correio do Povo e no Zero Hora, o Ministério Público e Polícia Civil estão solicitando sua prisão preventiva, por tentativa de homicídio duplamente qualificado. Os agravantes são motivo fútil e redução da defesa da vítima. Novas pessoas que relatam ser vítimas do incidente continuam a se apresentar para depor.

terça-feira, 1 de março de 2011

Mais de 1,7 mil tartarugas são apreendidas em Arroio Grande

Durante uma operação no interior de Arroio Grande, no sul do Estado, a Brigada Militar apreendeu 1749 tartarugas tigres d’água que estavam sendo levadas de forma ilegal para região metropolitana de Porto Alegre na tarde deste domingo. Os animais estavam acondicionados em caixas de leite de 1 litro e de suco de 500ml escondidas nos forros de uma Parati com placas de Viamão.

Cada caixa de leite continha cerca de cem animais e as menores 50. O veículo foi parado próximo ao trevo da localidade de Matarazzo. De acordo com o Comandante do Pelotão de Arroio Grande, Luiz Vanderlei de Souza Ávila, os três suspeitos presos em flagrante teriam comprado os animais em uma vila de pescadores da localidade de Santa Izabel, interior do município. Adquiridos por R$ 3, cada tartaruga pode ser vendida por até R$ 50 na Europa.

Os suspeitos vão responder um termo circunstanciado por crime ambiental e os animais serão levados para Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (NURFS) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), explicou Ávila. Em depoimento, os suspeitos confessaram que o destino final da viagem era o município de Alvorada. Além das tartarugas, cinco aves Cardeal foram apreendidas.

Lula deixa Brasil com menos desmatamento, mas legislação ambiental corre risco

O grande trunfo da área ambiental nos oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a queda do desmatamento na Amazônia Legal. Em 2010, o bioma perdeu 6.451 quilômetros quadrados (km²) de floresta, chegando à menor taxa em 23 anos de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2003, primeiro ano do governo Lula, o desmate atingiu 25,3 mil km². Por trás da redução do desmatamento estão as políticas adotadas pelos ex-ministros do Meio Ambiente, Marina Silva e Carlos Minc, principalmente a ampliação de operações de fiscalização, a criação de áreas protegidas em regiões críticas e as medidas de restrição ao crédito para os desmatadores.

Além da Amazônia, na gestão de Lula o governo passou a monitorar outros biomas e a partir de 2011 deve
ter dados comparativos anuais para direcionar e avaliar as estratégias de combate ao desmatamento em todas as regiões do país. Na conta ambiental do governo Lula também entram o aumento da produção e uso de biocombustíveis – principalmente o etanol – e a criação de áreas protegidas. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), cerca de 75% dos 700 mil km2 de áreas protegidas criadas em todo o mundo desde 2003 estão localizados em território brasileiro.

Para o diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Paulo Moutinho, a posição do Brasil na negociação internacional sobre mudanças climáticas também avançou durante o governo Lula, em especial no segundo mandato. O país reviu posições conservadoras, assumiu compromisso internacional de reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2020 e criou uma legislação nacional para o setor. “No início do governo Lula havia muita resistência do Brasil em tratar da questão da mudança do clima de forma mais proativa, era um discurso na defensiva. Passamos de uma posição extremamente conservadora e cautelosa para outra de liderança”, disse.  


Apesar dos números positivos, a política ambiental dos últimos anos foi marcada pela ambiguidade, na avaliação de ambientalistas. No centro da contradição está o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado para espalhar grandes obras de infraestrutura pelo país, muitas vezes à revelia da conservação ambiental e do interesse de populações tradicionais. O licenciamento ambiental foi palco de disputa entre técnicos e políticos e motivou seguidas ações do Ministério Público Federal (MPF) questionando a legitimidade das autorizações concedidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).


Na avaliação do assessor de Políticas Indigenista e Socioambiental do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Ricardo Verdum, os conflitos socioambientais por causa de grandes obras  são o maior passivo ambiental do governo Lula. “Nesses anos se observou um relativo desrespeito às populações atingidas. As comunidades têm sido desconsideradas, desrespeitadas e manipuladas no processo”, afirmou. Ao fim do governo Lula, outra ameaça para as conquistas ambientais dos últimos anos ganhou força com a tentativa de aprovação da flexibilização do Código Florestal. A base governista nunca se posicionou diretamente contra as mudanças na lei e no apagar das luzes do ano legislativo, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), tentou negociar a votação do projeto para agradar a bancada ruralista.

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