quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ecossis conclui Projeto de Sinalização para o ICMBio

Projetos de Sinalização orientam os visitantes das Unidades de Conservação

A Ecossis Soluções Ambientais concluiu o Projeto de Avaliação do Estado de Conservação da Sinalização do Parque Nacional de Ubajara, para o ICMBio, no Ceará.

Para a execução do estudo, a equipe da Ecossis formada pelo biólogo Cássio Sartori e o Diretor Técnico Juliano Moreira, percorreu todas as áreas funcionais do local para verificar a presença ou ausência da sinalização descrita no antigo plano de manejo do parque.

De acordo com Sartori, para realizar a análise das placas foram estabelecidos indicadores de deterioração observando as características de cada estrutura constituinte da placa.

“A sinalização em áreas ambientalmente protegidas possui diferentes objetivos, podem ser utilizadas para orientar e informar, além de cumprir um papel importante na interpretação e educação ambiental dos visitantes” acrescentou Sartori.

O Parque Nacional de Ubajara situa-se a noroeste do Estado do Ceará, abrange os municípios de Ubajara, Tianguá e Frecheirinha, e é considerado uma Unidade de Proteção Integral pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
* Lenize Lopes

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Bicudinho-do-brejo está sob ameaça de extinção

Ameaçado de extinção, o Bicudinho-do-brejo (Stymphalornis acutirostris) é uma espécie restrita à planície litorânea de parte do litoral do Paraná e do litoral norte de Santa Catarina.

A espécie vive na vegetação herbácea-arbustiva. Usa os galhos mais baixos para se deslocar. Possui limitada capacidade de voo. É insetívoro e territorialista. Seu ninho é construído na forma de cesta com palha e outras fibras vegetais. Em geral, a fêmea põe dois ovos a cada ninhada.
Fonte: Terra

Banco Mundial disponibiliza US$ 15,9 milhões para proteção da Amazônia

O Banco Mundial anunciou nesta quinta-feira (23) que disponibilizará ao governo federal o montante de US$ 15,9 milhões para que uma área de 135 mil km² da Amazônia (equivalente a mais de três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro) seja protegida nos próximos quatro anos.

O montante veio do Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), e será empregado no projeto Áreas Protegidas da Amazônica (Arpa), voltado para a criação de parques, reservas biológicas, estações ecológicas, reservas de extração e centros de desenvolvimento sustentáveis no bioma amazônico.

A conservação da floresta, segundo o Banco Mundial, ajudará a evitar emissões de carbono presente no solo da floresta – considerado um dos principais sumidouros do mundo (a floresta concentraria 30% de todo carbono do mundo, cerca de 100 bilhões de toneladas.

Aproximadamente 45% das emissões de carbono provenientes do Brasil vêm da mudança do uso da terra e desmatamento. A verba será também aplicada na manutenção das áreas que já se encontram preservadas.
Fonte: G1

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Brasil vai sediar comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente

O Brasil sediará as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado no dia 5 de junho. O tema deste ano será "Economia Verde: Ela te inclui?".

O anúncio foi feito na quarta-feira (22) em Nairobi (Quênia), onde a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reuniu-se com o diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner.

As comemorações vão ocorrer três semanas antes de o Brasil sediar a Rio+20, encontro que vai discutir os progressos do desenvolvimento sustentável nos últimos 20 anos, além dos futuros desafios para o meio ambiente.

Há duas décadas, o Brasil sediou as comemorações pelo Dia Mundial do Meio Ambiente, durante a Cúpula da Terra.
Fonte: Exame

7 tecnologias verdes futuristas para sua casa

Planta sorri quando bem tratada


O designer JunyiHeo criou um vaso inteligente que mede as condições do solo, temperatura e umidade e, a partir de cálculos, verifica se está tudo em ordem com a muda. O resultado é expresso em uma tela LCD por meio de pictogramas em formato de carinhas que manifestam satisfação ou insatisfação. A planta também “sorri” quando é regada ou “entristece” para avisar ao exagerado que já tem mais água do que precisa.





Pia com aquário promove economia de água


o designer chinês Yan Lu criou o "Poor Little Fishbowl Sink", uma pia que utiliza um aquário com peixe vivo para estimular, emocionalmente, o consumo consciente. 

Sempre que a torneira é aberta para atividades comuns, como escovar os dentes e lavar as mãos, o volume de água do aquário acoplado à pia diminui, o que ameaça a sobrevivência do peixe.

A água que sai da torneira não é a mesma do aquário, que contém alimentos e dejetos do animal marinho; elas estão separadas por um filtro.

O projeto possui um dispositivo que limita até certo ponto a saída de água do aquário para que o peixe não morra, no caso, por exemplo, de alguém deixar a torneira aberta por muito tempo. 


Chuveiro ecológico filtra água

Eco-chuveiro Phyto Purificação é ideal para reproduzir a sensação de uma “ducha” no meio da natureza. Ele possui um sistema hidráulico especial capaz de reciclar e regenerar a água residual através de um jardim no box, onde cada parte desempenha um papel na limpeza da água. 

A areia onde as mudas são plantadas funciona como um filtro inicial, por onde o líquido passa antes de chegar às raízes, responsáveis pela retirada dos metais pesados e bactérias. Por fim, a água fica livre de qualquer impureza remanescente ao passar por um filtro de carbono.


Que tal uma janela-jardim no apartamento?

 



O projeto “Plant Window” é uma janela capaz de abrigar um jardim inteiro, do teto ao chão, e que funciona como uma cortina que filtra a luz e ainda garante um toque verde ao ambiente. A ideia segundo seus criadores, os designers Jianxing Cai, Chao Chen, Qi Wang, & Jiang Wu, é mudar a visão rotineira que os moradores costumam ter da rua (ou do prédio vizinho), dando lugar a uma paisagem natural.



Ligado na consciência “verde”

 


 




O americano Andrew Harmon da Universidade de Michigan desenvolveu uma série de interruptores e tomadas inovadores com folhas, musgo e pequenas flores. Apesar de realista, a cobertura é feita de material artificial. A ideia da coleção batizada de “Growth Plate” é espalhar o recado “verde” pela casa, nos lembrando que a natureza sofre os efeitos de nossas ações, mesmo as mais A ideia é bem simples: no lugar do saco de polietileno comum, entram camadas de sacolas feitas de papel.




O ideal segundo seus criadores, os designers italianos Riccardo Nannini, Domenico Orefice e Emanuele Pizzolorusso, é que só sejam descartados na lixeira ecológica batizada de Fabriano o chamado lixo sólido, como embalagens plásticas, vidro, papelão e outros materiais que podem ser reciclados. O cesto também pode ser utilizado em escritórios, para descarte de papel.






O Centro de Arquitetura, Ciência e Tecnologia (Case), em Nova York desenvolveu uma parede ecológica que ajuda a melhorar a qualidade do ar e o clima nos escritórios e outros ambientes internos. A técnica baseia-se no processo chamado de fitorremediação, que usa plantas para remover, imobilizar ou tornar inofensivos ao ecossistema contaminantes do solo, água ou ar.
O sistema projetado pelo Case consiste em plantas hidropônicas instaladas em uma tela modular que pode ser deslocada. Em vez de estarem enterradas no solo, as raízes das plantas ficam expostas, o que aumenta a capacidade de purificação do ar em até 300%.

Fonte: Exame

Cientistas conseguem ressuscitar flor da Era do Gelo

Planta foi ressuscitada a partir do fóssil de um fruto 
Pesquisadores russos conseguiram ressuscitar uma flor já extinta a partir dos tecidos congelados por mais de 30 mil anos no gelo permanente da Sibéria. A Silene stenophylla é a planta mais antiga a ser regenerada e, de acordo com os cientistas, ela é fértil, produz flores brancas e sementes viáveis.

Pesquisadores canadenses já haviam conseguido reavivar plantas muito mais novas que a S.stenophylla a partir de sementes. O estudo russo, no entanto, reafirmou que o tecido pode ser conservado no gelo por dezenas de milhares de anos, abrindo caminho para uma possível ressurreição de mamíferos da Era do Gelo.

O experimento comprova que o gelo permanente serve como um depósito natural de antigas formas de vida, afirmam os pesquisadores que publicaram os resultados do estudo nesta terça-feira (21) no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences.

Svetlana Yashina, do Instituto de Biofísica Celular da Academia Russa de Ciências, que liderou o trabalho de regeneração dos tecidos, afirmou que a planta ressuscitada se parece muito com sua versão moderna, que continua a crescer na mesma área da Sibéria.

Os pesquisadores conseguiram recuperar o fruto da planta depois de investigar dezenas de fósseis escondidos em depósitos de gelo, na margem do rio Kolyma no nordeste da Sibéria, os sedimentos datam 30.000 a 32.000 anos.

Os sedimentos foram firmemente colados e, muitas vezes totalmente preenchidos com gelo, tornando impossível qualquer infiltração de água – o que criou uma câmara de congelamento natural, completamente isolada da superfície. 
Fonte: Primeira Edição

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Agricultura usa 92% da água doce do planeta

Imagem/google
Brasil é o quarto maior consumidor de água do mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, China e Índia

Pesquisadores afirmam que a agricultura, nos moldes de hoje, consome 92% da água no planeta, o que transforma a produção de alimentos e outros produtos em algo insustentável. O alerta foi dado pelo holandês Arjen Y. Hoekstra, criador da pegada hídrica - , indicador que mede o uso direto e indireto da água doce para se obter um produto alimentício ou qualquer outro bem consumível.

De acordo com o estudo de Hoekstra, publicado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), uma pessoa consome, em média, 4.000 litros, de água por dia, incluindo toda a água necessária para a produção de alimentos e bens de consumo. No entanto, de acordo com estudo publicado esta semana, o consumo varia muito de país para país.

Entre as disparidades está no fato de um americano consumir mais do que o dobro da média global, enquanto que habitantes da China e Índia consomem pouco mais de 1000 litros. A pegada de água do consumidor médio é determinada principalmente pelo consumo de cereais (27%), carne (22%) e produtos lácteos (7%). O Brasil é o quarto maior consumidor de água – o brasileiro consome em média 3.780 litros de água por dia -, e também o quarto exportador de bens que mais necessitam de água.

A "pegada Hídrica da humanidade" mostra ainda que há a importação e exportação virtual da água. Um consumidor holandês, por exemplo, ao comprar uma camisa feita com algodão e produzida fora da Holanda, usa a água do país de produção.

Os pesquisadores também esperam ver uma mudança drástica no consumo na China, que depende cada vez mais de terras agrícolas, por exemplo, da África. Isto levará a importação muito maior de água. De a cordo com o estudo, estes são todos os indicadores claros de que a escassez de água não é um problema local, mas deve ser visto de uma perspectiva global.
Fonte: Primeira Edição

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ecossis busca Licenciamento Ambiental para a Prefeitura de Arroio Grande

O Aterro é importante no tratamento dos resíduos da cidade 

A Ecossis foi contratada pela Prefeitura de Arroio Grande, no Rio Grande do Sul, para realizar o processo de licenciamento de uma nova área de deposito de resíduos da construção civil no município.

A geóloga da Ecossis, Patricia Zacca, irá realizar a primeira fase do licenciamento ambiental. Nesse processo, serão feitas vistorias na área do empreendimento para elaborar o laudo requerido pelo órgão licenciador para se obter a licença prévia.

O novo aterro está localizado próximo ao atual aterro de resíduos sólidos urbanos do município e será uma nova alternativa para o destino final de resíduos da construção civil. De acordo com Zacca, “isso permitirá um armazenamento seguro em termos de controle de poluição ambiental e proteção à saúde pública”.
* Lenize Lopes

7 motivos para beber água

Imagem:google
Quer uma receita infalível para ter uma pele mais firme e hidratada, manter o intestino regulado, evitar problemas oculares, fugir do envelhecimento, garantir a saúde dos rins, facilitar a digestão e ainda perder peso? 

Então anote aí: invista no consumo de pelo menos dois litros de água todos os dias. Veja os principais benefícios e por que vale a pena não deixar o líquido faltar na sua dieta

1. Ajuda a emagrecer

Muitas pessoas confundem as sensações de sede e fome. Por isso, a dica é beber um copo de água antes de comer. Com essa sensação aliviada, a pessoa ingere uma quantidade menor de comida durante as refeições e isso ajuda a manter – e até perder – peso. O ideal é optar pela água gelada, já que, para ser absorvida, ela exige que o organismo a aqueça, gastando calorias.

2. Deixa o intestino calibrado

No intestino, a água é fundamental para hidratar as fibras dos alimentos ingeridos, formando um gel que aumenta o volume do bolo fecal. Isso regulariza o funcionamento do intestino e ajuda para que as fezes sejam eliminadas com mais facilidade. A falta de líquidos leva à prisão de ventre. As fezes acumuladas no corpo liberam radicais livres, que minam o sistema imunológico.

3.Mantém a pele firme e hidratada

A água é responsável por levar nutrientes até a pele e diluir as toxinas que devem ser eliminadas com a urina e o suor. Sem água suficiente, a pele fica sem os benefícios dos sais minerais e vitaminas ingeridos e as toxinas se acumulam, deixando-a seca, flácida, quebradiça e com menos brilho.

4. Evita problemas oculares

Os olhos são compostos, em grande parte, por água. Sem ela, o globo ocular fica desidratado e tem sinais de ressecamento. Com a quantidade e a qualidade adequadas das lágrimas, os olhos ficam mais protegidos no caso de contato com bactérias, ciscos e vírus, evitando lesões, infecções e inflamações, inclusive conjuntivite.

5. Facilita a absorção de nutrientes

Por deixar o sangue mais fluido, a água ajuda no transporte dos nutrientes até os tecidos e facilita a absorção de vitaminas e sais minerais nas células. As vitaminas C e do complexo B, por exemplo, são hidrossolúveis – absorvidas a partir do contato com a água. Sem ela, esses nutrientes não são sintetizados adequadamente e o organismo pode sofrer com a falta de vitaminas.

6. Auxilia o trabalho dos rins

Sem a quantidade suficiente de água, o sangue fica denso e viscoso, o que dificulta o trabalho de filtragem dos rins. Com isso, o processo de limpeza do sangue fica comprometido, o organismo não consegue eliminar as toxinas necessárias, que se acumulam e os rins ficam sobrecarregados, facilitando o aparecimento de infecções urinárias e pedras e cálculos renais.

7. Protege os dentes

Pessoas que tomam poucos líquidos produzem menos saliva, o que deixa a boca ressecada e dificulta a mastigação e a deglutição, comprometendo a digestão. A água ainda ajuda a conservar a saúde bucal e diminui o risco de aparecimento de cáries.

* * * * *
Líquidos

Em alguns casos, os líquidos podem ser vilões para o organismo e comprometer a hidratação. Veja o que entra no cálculo e o que é vetado:

Entra no cálculo

Água

Água de coco

Sucos naturais

Chás de ervas sem açúcar

Ajuda, mas não entra no cálculo

Saladas

Sopas ou caldos

Leite

Vetado

Refrigerantes

Sucos industrializados

Chá preto ou mate

Águas saborizadas

Bebidas alcoólicas

Café

Isotônicos

35 ml por quilo de peso

Essa é a medida certa de água que cada pessoa deve tomar todos os dias. Segundo esse cálculo, quem tem 60 quilos precisa ingerir 2,1 litros diariamente para se manter hidratado. Para saber se a quantidade está adequada, a dica é ficar de olho na cor da urina. Se ela está muito escura e tem cheiro forte demais, está na hora de aumentar o consumo.
Fonte: JMA

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Descoberta nova espécie de borboleta em Flona do Rio Grande do Sul

Uma nova espécie de borboleta foi descoberta na Floresta Nacional (Flona) de São Francisco de Paula, unidade de conservação federal gerida pelo Instituto Chico Mendes no Rio Grande do Sul. O nome – Prenda clarissa – é uma homenagem ao escritor gaúcho Erico Veríssimo.

A borboleta possui quarto centímetros de asa a asa, sendo estas mais arredondadas que as das outras espécies do mesmo grupo. Na parte de cima, ela é toda marron. Os ocelos (marcas em forma de pequenos olhos) ficam na parte de baixo das asas e possuem número e distribuição bem característica. Um artigo na Neotropical Entomology, revista da Sociedade Entomológica do Brasil, faz o anúncio da descoberta.

O histórico de registros na Flona ultrapassa 15 mil indivíduos, distribuídos em 300 espécies pertencentes a seis famílias de borboletas. Dentre elas, 13 são novos registros para o Rio Grande do Sul e 139 para a floresta ombrófila mista e campos de cima da serra, ecossistemas predominantes na unidade.

Pelo menos três espécies novas foram descobertas, uma delas ainda em processo de descrição. Entre os registros, estão espécies raras, endêmicas e indicadoras de ambientes merecedores de atenção especial para a conservação.

Os resultados são frutos do trabalho de um grupo de pesquisadores do Laboratório de Ecologia de Insetos do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), que estudou detalhadamente três espécies que estavam sendo descritas com exemplares coletados na floresta.

O pesquisador doutor em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003) Cristiano Agra Iserhard, a pesquisadora e mestre em Biologia Animal pela UFRS Marina Todeschini de Quadros e a bióloga Jessie Pereira dos Santos trabalharam na estrutura, distribuição e composição de borboletas em diferentes formações na Mata Atlântica do Rio Grande do Sul.

FLONA – Considerada um dos maiores remanescentes de Floresta Atlântica brasileira, a Flona de São Francisco de Paula protege formações de Floresta Ombrófila Mista e Campos de Cima da Serra.

Os primeiros registros feitos por pesquisadores datam de 1958/1959 quando foram feitas as primeiras coletas na Estação Florestal dos Morrinhos, administrada pelo Instituto Nacional do Pinho. Tais exemplares inclusive estão tomabdos e integram a Coleção de Lepidoptera do Departamento de Zoologia da UFRS.

Em 1999 tais insetos voltaram a ser estudados já na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, com maior ênfase nos últimos cinco anos. O objetivo das pesquisas que vêm sendo realizadas na Unidade é reunir o máximo de dados sobre a ocorrência e distribuição de borboletas formando um panorama o mias completo possível sobre a diversidade de espécies na floresta ombrófila mista e campos de cima da serra.

ESPÉCIES DESCOBERTAS – Dismorphia melia e Dismorphia crisia – ambas da família Pieridae e Hyallena pascua – da família Nynphalida são consideradas indicadoras de ambientes bem preservados.

A primeira foi registrada 26 vezes e a segunda seis vezes e estavam associadas tanto a trilhas com reflorestamento de araucárias quanto à mata nativa. A terceira foi registrada uma única vez no interior de uma trilha de mata de reflorestamento de araucária, sendo mais comum em matas primárias e secundárias entre 800 e 1700 metros de altitude.

Weymer (1894) registrou um único exemplar de Brevianta celelata. Desde então, esta espécie não havia sido mais registrada no Rio Grande do Sul. Ela foi reencontrada após mais de cem anos na Flona São Francisdo de Paula.

A espécie Dynastor napoleon, da família Nynphalidae e pertencente a guilda de borboletas frugívoras, teve um registro em 1959 sendo novamente registrada em 2010, após mais de 50 anos. Ela é associada a ambientes de altitude elevada e indicadora de que os ambientes estão preservados. Esta espécie consta no Livro Vermelho de Espécies Ameaçadas de extinção do Rio de Janeiro.
Fonte: ICMBio

Fotos em 3D inéditas da Amazônia revelam detalhes físicos e químicos

Em vez de um tapete verde, imagens mostram um caleidoscópio de cores.
Elas representam diferentes composições químicas das plantas da floresta.

A floresta amazônica tem outras tonalidades em fotos feitas por pesquisadores americanos. Em vez de um tapete verde, um caleidoscópio de cores em 3D surge a partir imagens produzidas por equipamentos de alta tecnologia do Instituto Carnegie para Ciência, ligado à Universidade Stanford, nos Estados Unidos. É um mapa completo da biodiversidade, que faz medições físicas e químicas da floresta, a partir de uma aeronave.

Imagens inéditas recebidas pelo G1 mostram dois mapas 3D da Amazônia no Peru. Eles foram feitos por um novo sistema da aeronave-observatório, a Carnegie 'Aérea' (CAO, na sigla em inglês), que é capaz de registrar aspectos invisíveis ao olho nu, como componentes químicos de diferentes espécies e o estoque de carbono da floresta.

Em uma delas, uma área preservada de mata aparece em vermelho, o que representa alta concentração de carbono, e os rios são mostrados em azul. Na outra, a cobertura florestal é exibida em diversas cores, que significam a presença de variadas espécies e uma grande diversidade.

De acordo com Gregory Asner, diretor e cientista responsável pelo projeto, as imagens obtidas pelo CAO ajudaram os cientistas a entender melhor a biodiversidade da floresta amazônica.

“No Peru, nós descobrimos uma variação muito grande de biodiversidade e de estoques de carbono. (...) Isso significa que nós não podemos encarar o ‘tapete verde’ como uma coisa só. É um caleidoscópio de variação”, comenta.

Na Colômbia, o CAO ajudou a descobriu que variações na altitude, cobertura vegetal e regime hídrico têm um papel importante na diversidade de estoques de carbono na Amazônia.

Tecnologia
Denominado Atoms (sigla em inglês para Sistema Aéreo de Mapeamento Taxonômico), o novo sistema da aeronave foi lançado em junho de 2011 e une um poderoso laser a dois tipos de espectrômetros - aparelho que mede diferentes propriedades da luz. Um deles foi desenvolvido pela Nasa e é capaz de registrar 400 frequências, do ultravioleta até o infravermelho, com 60 mil medições por segundo.

O resultado obtido é comparado com uma base de dados composta por propriedades químicas e de emissão de luz de cerca de cinco mil plantas - coletadas em um detalhado trabalho de campo, em que a equipe chegou a escalar árvores e até a usar arco-e-flecha. Já o laser atinge o solo e coleta informações como estrutura em 3D da floresta.

As imagens feitas com o Atoms fornecem ainda mais detalhes que os dois sistemas usados anteriormente, o CAO Alpha e o CAO Beta, e representam um avanço no mapeamento da biodiversidade.

O CAO, que também já registrou savanas africanas, ainda não fez imagens da porção brasileira da Amazônia, mas os cientistas esperam conseguir fundos para vir ao país em breve. O mapeamento costuma ser feito com apoio de governos locais e financiamentos de empresas.

O resultado obtido é comparado com uma base de dados composta por propriedades químicas e de emissão de luz de cerca de cinco mil plantas - coletadas em um detalhado trabalho de campo, em que a equipe chegou a escalar árvores e até a usar arco-e-flecha. Já o laser atinge o solo e coleta informações como estrutura em 3D da floresta.

As imagens feitas com o Atoms fornecem ainda mais detalhes que os dois sistemas usados anteriormente, o CAO Alpha e o CAO Beta, e representam um avanço no mapeamento da biodiversidade.

O CAO, que também já registrou savanas africanas, ainda não fez imagens da porção brasileira da Amazônia, mas os cientistas esperam conseguir fundos para vir ao país em breve. O mapeamento costuma ser feito com apoio de governos locais e financiamentos de empresas.

Aplicações
O mapeamento 3D da biodiversidade da Amazônia pode ajudar a medir a degradação da floresta, além do próprio desmatamento verificado com satélites.

“Nós desenvolvemos um método para usar a combinação de dados de satélite e de aeronaves para produzir mapas e monitoramentos muito detalhados da degradação florestal”, explica Asner.

Além disso, a tecnologia auxilia na criação de políticas adequadas de preservação da floresta em um cenário de mudanças climáticas, segundo Asner.

“Ele oferece uma nova forma de avaliar as florestas em termos de seus estoques de carbono, composição de espécies de árvores, habitat para animais outras espécies não vegetais. Como resultado, somos capazes de mapear, pela primeira vez, os impactos da mudança climática”.

Outra possível aplicação é a medição do estoque de carbono da floresta, que pode servir de base para o Programa de Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação das Nações Unidas (REDD, na sigla em inglês), um mecanismo de compensação financeira para os países em desenvolvimento pela preservação de suas florestas.
Fonte: G1

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Como economizar energia

Metade da bacia do Pantanal está sob risco ambiental, avalia estudo

Foram avaliadas áreas no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.
Degradação de nascentes e barragens são apontadas como ameaças.

Metade da bacia do rio Paraguai, que abriga o Pantanal, está sob alto ou médio risco ambiental, mostra estudo divulgado nesta quinta-feira (02). Realizado ao longo de três anos pelo WWF, The Nature Conservancy e Centro de Pesquisas do Pantanal, ele coloca hidrelétricas e atividades humanas entre as maiores ameaças.

Planaltos e chapadões que circundam o Pantanal, onde nascem os principais rios da bacia, seriam as áreas que enfrentam os maiores riscos. A pesquisa avaliou regiões no Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina e tem como objetivo subsidiar os governos dos quatro países no desenvolvimento de uma agenda de adaptação do Pantanal às alterações do clima.

"A bacia do rio Paraguai apresenta alto risco ecológico potencial, requerendo ações urgentes e prioritárias de proteção das cabeceiras", afirma o estudo.

As barragens e hidrelétricas, apontadas como fatores de risco, devem aumentar no Pantanal nos próximos anos. De acordo com o relatório, existem 115 barramentos previstos para a década, 75% de pequenas centrais hidrelétricas, o que deve elevar os riscos ambientais.

"Barramentos ameaçam a duração e a intensidade dos ciclos de cheias e vazantes, colocando em cheque a vida, economias e populações que dependem do equilíbrio ecológico do Pantanal", considerou Albano Araújo, coordenador da Estratégia de Água Doce do Programa de Conservação da Mata Atlântica e das Savanas Centrais da The Nature Conservancy.

Entre as atividades humanas, as maiores ameaças seriam a pecuária e a agricultura. Desmatamento, hidrovias, rodovias e mineração também são apontados no estudo como fatores de risco.

Preservação

A pesquisa avalia que seriam necessárias novas medidas de preservação do Pantanal. Uma delas seria a criação de novas unidades de proteção, principalmente em áreas de cabeceiras. Atualmente, existem 170 áreas protegidas na bacia do rio Paraguai, mas elas não estão distribuídas de forma adequada, critica o estudo.

Outra medida seria a implantação de medidas de conservação em terras privadas, por exemplo, melhores práticas de manejo de água e solo em atividades agropecuárias. No caso das hidrelétricas, uma possível solução, de acordo com a pesquisa, seria a implementação de esquemas de operação que mantenham os ciclos de cheias e vazantes de modo semelhante ao natural.

O Pantanal é a maior planície inundável do planeta. Seus ciclos anuais de cheias e secas são fundamentais para a vida de milhares de espécies, além de terem importantes impactos econômicos, como a fertilização natural dos campos.
Fonte: jma

Ibama é criticado por aumentar em 32% o número de licenças ambientais

Em 2011, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) emitiu 624 licenças ambientais para empreendimentos com grande potencial de poluição ou degradação. Este número mostra que as concessões aumentaram em 32%, em relação ao ano anterior.

Para a diretora de Licenciamento Ambiental do Ibama, Gisela Forattini, o aumento de projetos é o reflexo do desenvolvimento do país. "O Brasil está se desenvolvendo, precisa de infraestrutura e muitos projetos estão chegando para nós. Mas, a gente precisa desenvolver esse país com sustentabilidade. E as licenças emitidas são robustas", afirmou em declaração ao DW Brasil.

A organização de defesa do meio ambiente WWF critica a atuação do órgão em meios aos interesses econômicos e políticos. "Para ganhar tempo e evitar problemas, as consultas [junto às comunidades atingidas pelos projetos que buscam licenciamento] são muito econômicas. São poucas e muito rápidas, é um monólogo e não um diálogo. Principalmente quando o projeto tem muito interesse político", critica Pedro Bara, da WWF.

Para o procurador Ubiratan Cazetta, do Ministério Público do Pará, o Ibama cede às pressões dos grandes empreendimentos. "O órgão continua tendo uma estrutura suscetível à pressão, principalmente nas obras de infraestrutura. Isso faz com que algumas exigências, que deveriam ser feitas, acabem não ocorrendo, ou sejam postergadas", diz.

A maior polêmica atualmente é o licenciamento ambiental concedido à usina de Belo Monte, no rio Xingu. Devido às contradições e impasses, o Ministério Público do Pará move 11 processos contra o empreendimento e ainda critica a maneira como as autorizações foram concedidas.

Para Bara, do WWF, falta visão estratégica na hora de emitir as licenças. "Muitos projetos complicados, de mineração e hidrelétrica, estão na Amazônia. Não se olha para a região como um todo para se decidir onde se pode mexer e onde não se deve mexer. Os projetos são aprovados individualmente, um a um, conforme eles vão chegando. O impacto cumulativo desses projetos na região não é visto".

Todos os estudos ambientais avaliados como inadequados e devolvidos ao empreendedor passaram a ser publicados no Diário Oficial. A informação é que em 2011 foram dez reprovações. Sempre há estudos e pesquisas que são acusadas de serem pagas por interesses corporativos, portanto sem credibilidade.

Em 2011, houve 539 questionamentos judiciais. São ações movidas por órgãos como Ministério da Justiça, Tribunal de Contas da União e Advocacia Geral da União. Mesmo assim, de acordo com o Instituto, nenhuma licença concedida foi suspensa.
Fonte: jma

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Belo Monte: início das compensações

A região onde está sendo construída a usina hidrelétrica de Belo Monte começou a receber os primeiros materiais e equipamentos dos projetos aprovados com recursos do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu. A primeira entrega ocorreu na última sexta-feira, 3 de fevereiro, durante a primeira reunião de 2012 do Comitê Gestor do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu em Altamira, no Pará, e integra os 30 projetos aprovados nesta primeira etapa. Até o fim de 2012, estão previstos investimentos de R$ 16,8 milhões na região. Os equipamentos e materiais serão destinados às prefeituras e às instituições de cidades da região.A empresa Norte Energia, empresa responsável pela usina de Belo Monte, gastou R$ 800 mil nesses primeiros projetos. Os recursos fazem parte de um compromisso da empresa, previsto no edital do leilão da hidrelétrica em investir R$ 500 milhões na região do entorno da usina.

Entre os equipamentos estão 15 veículos, um barco e 15 motores, além de computadores, impressoras, equipamento de GPS e câmeras fotográficas que serão utilizados para apoiar ações de inclusão social, fomento a atividades produtivas, regularização fundiária e gestão ambiental, em benefício das comunidades tradicionais e as populações indígenas que fazem parte da região próxima à usina.
Fonte: Ambiente Energia

Conheça os 12 lugares no mundo que baniram ou taxaram o uso de sacola plástica

A discussão sobre proibir ou não o fornecimento de sacolas plásticas por estabelecimentos comerciais pode ser recente no Brasil, mas lá fora é possível encontrar iniciativas com pelo menos uma década de vida. Em alguns casos, para reduzir o consumo das embalagens de polietileno, os governos locais resolveram cobrar uma taxa do consumidor que quiser usar o modelo tradicional.

Na Irlanda, a iniciativa adotada desde 2002 ajudou reduzir a distribuição de sacos plásticos em mais de 90%. A maioria dos consumidores irlandeses simplesmente optaram por levar uma sacola reutilizável de casa do que tirar dinheiro do próprio bolso para carregar as compras. Outros lugares, como a capital do México, preferiram radicalizar, criando leis que proíbem o fornecimento das embalagens em supermercados, farmácias e demais pontos comerciais. Os exemplos não param aí. Confira a seguir 12 países e cidades que baniram ou passaram a cobrar pelo uso das sacolinhas plásticas.

Ruanda
Este pequeno país africano que durante anos estampou negativamente o noticiário internacional, devido ao genocídio perpetrado por extremistas em 1994, agora chama atenção por outros motivos. Ruanda já está em seu quarto ano com uma lei de abrangência nacional que proíbe todos os tipos de saco plástico. Além de resolver a crise humanitária, o país pôs fim à poluição causada por sacolas plásticas, que sujavam as ruas e os cursos de água, prejudicando a agricultura. Graças à ação, as cidades ruandesas estão hoje entre as mais limpas da África.

Itália
Em ritmo de preservação, a Itália tornou-se o primeiro país da Europa a banir as sacolas de polietileno. A proibição nacional começou a valer em janeiro de 2011. Desde então, as lojas italianas, que utilizavam 20 bilhões de sacolas por ano (o maior índice europeu), só podem oferecer sacos de plástico, papel, pano ou de materiais biodegradáveis.

Cidade do México
Desde agosto de 2010, a capital do México conta com leis que proíbem o fornecimento de sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais. As multas para os lojistas que burlam as regras podem variar de 4,4 mil a 90 mil dólares. A lei também estabelece que os comerciantes da capital mexicana só poderão vender sacolas plásticas biodegradáveis. A inciativa faz parte do chamado “Plano Verde", que propõe uma série de estratégias para estimular o desenvolvimento sustentável e mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

India
Nenhum lojista, distribuidor, comerciante, vendedor ou ambulante pode fornecer sacolas plásticas aos consumidores na Índia em algumas regiões, como a cidade de Dharamsala. O banimento total, incluindo produção, armazenagem, uso, venda e distribuição de sacolas de polietileno começou a valer em agosto de 2010. A iniciativa foi adotada para diminuir o impacto no meio ambiente e também impedir a ingestão e morte de vacas (animal sagrado). Além de multas, a violação da lei prevê prisão de até 5 anos.
China
Imagine 1,3 bilhões de habitantes, cerca de um sétimo da população mundial, consumindo e descartando sacolinhas plásticas todos os dias dentro de um só país? Pois era assim na China até 2008, quando as sacolas plásticas foram banidas do país. Antes disso, os chineses consumiam cerca de 3 bilhões de sacolinhas por dia.
Também foi proibida a produção, distribuição e uso de saquinhos menores e mais finos, como os usados para embalar produtos a granel (frutas e vegetais) nos mercados. Segundo reportagem do britânico The Guardian, a iniciativa evitou o uso de 1,6 milhões de toneladas de petróleo no seu primeiro ano.

Bangladesh
Bangladesh foi um dos primeiros países a promulgar, em 2002, uma lei que proíbe a fabricação, distribuição e uso de sacolas plásticas em seu território. Ambientalistas e urbanistas culpavam os sacos plásticos, que se espalhavam pelas ruas, entupindo bueiros, de agravar as inundações mortais que ocorreram no país em 1989 e 1998. Só a capital Dacca descartava 9,3 milhões de sacos plásticos diariamente. Hoje, uma década depois, a região virou um importante polo produtor de eco-bags.
Irlanda
A cobrança pelas sacolas, instituída em 2002, mudou o comportamento do consumidor, que passou a levar sua própria sacola reutilizável para o mercado. Com a criação do imposto conhecido como Plas Tax, que cobra 22 centavos de euro por sacola, a distribuição dos modelos plásticos caiu 97,5%. O valor recolhido com a venda de sacolinhas alternativas, como as de papel, é destinado à um fundo que promove a reciclagem de lixo e iniciativas ambientais.

Austrália
Apesar de na Austrália não vigorar nenhuma lei proibitiva de abrangência nacional, em muitas regiões, os supermercados resolveram se unir para estimular o uso de sacolas alternativas às embalagens plásticas. E não faltam opções, há inclusive ecobags térmicas para carregar artigos quentes ou frios. Na Austrália do Sul, um dos seis estados australianos, as sacolas plásticas estão proibidas desde 2009.

Alemanha
O uso de sacolas reutilizáveis ou caixas de papelão para acondicionar as compras no supermercado já virou hábito na Alemanha. Quem, ao contrário, quiser levar suas compras numa sacola plástica tradicional tem que pagar uma taxa que varia de 5 a 10 centavos de euro. 

África do Sul
O governo da África do Sul decidiu proibir em 2003 que lojas distribuam a seu clientes sacolas plásticas para carregar mercadorias. O comerciante que infringe a lei pode receber uma multa de até 50 mil reais ou mesmo ser condenado a dez anos de prisão.

São Francisco

São Francisco, na Califórnia, foi a primeira cidade americana a banir o uso de sacolas. Somente as de papel reciclado ou biodegradáveis (feitas de goma de batata ou de milho) podem ser utilizadas. Quando a lei entrou em vigor, em 2007, a prefeitura local estimou que a iniciativa reduziria o consumo de petróleo em 3 milhões de litros por ano.

Washington D.C.
A capital americana é outra que aboliu os sacos plásticos, passando a cobrar em 2010 uma taxa de 5 centavos de dólar sobre cada sacola utilizada. Após a restrição, Washington viu o uso de sacolas plásticas cair 85% em apenas um mês. O montante arrecadado com a venda vai para um projeto de despoluição do rio Anacostia.
Fonte: Exame

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Código Florestal poderá afetar Dilma na Rio+20

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (sem partido) defende um modelo de governança global para as questões ambientais, nos moldes de organismos existentes para o comércio, a saúde e o trabalho. “Deveríamos ter uma espécie de Organização Mundial para o Meio Ambiente.” Essa foi uma das teses apresentadas pela ex-senadora no final de janeiro em Porto Alegre, onde esteve por uma semana para participar do Fórum Social Temático. Ela também reiterou o “pensar globalmente e agir localmente” na prática: “É fácil para alemães, ingleses e franceses defenderem a Amazônia. Difícil é mudar a matriz energética (deles)”.

Marina também foi uma das lideranças do Fórum a criticar a política ambiental do governo Dilma Rousseff (PT). Terceira colocada nas eleições à presidência da República de 2010, quando obteve quase 20 milhões de votos, ela classifica como retrocesso as mudanças propostas no Código Florestal e espera o veto de Dilma. Observa que, se o texto for aprovado, permitirá o aumento do desmatamento e poderá inviabilizar o discurso da presidente na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que ocorre no Brasil.

Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Marina fala da “nova política” fora dos partidos, diz que apoiará candidatos que adotarem o programa Cidades Sustentáveis nas eleições deste ano e não descarta ser candidata ao Planalto em 2014.

Jornal do Comércio - O que a senhora achou do Fórum Social Temático sobre meio ambiente?

Marina Silva - Uma edição diferente, com foco na Rio+20. Pela primeira vez nesses onze anos o Fórum discute uma questão global que é o desafio do desenvolvimento sustentável. Depois de 20 anos da ECO-92, nos reencontramos para discutir o futuro do planeta. Não em cima de termos genéricos, como o documento-base das Nações Unidas, que não faz alusão a desigualdades sociais e trata de forma superficial a crise ambiental que o mundo atravessa. Devemos partir de questões sobre o tipo de governança que queremos para o desenvolvimento sustentável; como essa governança se materializaria na forma de um organismo no âmbito das Nações Unidas, como temos para o comércio, para a saúde, para o trabalho. Deveríamos ter uma espécie de Organização Mundial para o Meio Ambiente. É possível ter um espaço próprio nas Nações Unidas.

JC - E a Rio+20?

Marina - O problema ambiental está grave e contraditoriamente os estados estão querendo baixar as expectativas em relação à Rio+20 em função da crise econômica. A crise econômica é grave, precisa ser priorizada e resolvida, mas a crise ambiental é mais grave e também precisa ser enfrentada.

JC - A crise econômica e o desemprego dificultam a adoção do desenvolvimento sustentável?

Marina - Acaba se transformando em pretexto para não priorizar a agenda ambiental global. Mesmo quando não tínhamos crise, igualmente não havia prioridade - era baixa a implementação dos acordos que foram estabelecidos na Convenção do Clima e na Convenção da Biodiversidade e de mudanças climáticas, cada país fazia um pouco o jogo do empurra-empurra. Os países em desenvolvimento alegavam que só fariam se os países ricos aportassem recursos. E fariam de forma diferenciada, porque têm menos emissões historicamente, porque ainda não alcançaram um nível de satisfação para as suas populações em termos de problemas sociais. E agora, é claro que fica mais difícil, estão drenando recursos para a crise econômica. Não sou contra que se façam investimentos para resolver esses problemas, mas sou a favor de que se faça o mesmo em relação à crise ambiental. Esse discurso de baixar as expectativas em relação à Rio+20, que é feito por governos e uma parte das grandes corporações, não deve ser o discurso da sociedade. A sociedade tem que elevar as expectativas e cobrar dos governos e das empresas que façam o dever de casa com o mesmo sentido de urgência que estão fazendo para a crise econômica.

JC - A presidente Dilma falou em empenho do governo por um desenvolvimento sustentável no Fórum. De forma geral, lideranças políticas e empresariais defendem essa tese. E na prática?

Marina - Um autor, não lembro o nome, diz o seguinte: “As ideias realmente inovadoras, transformadoras e revolucionárias no início são ferrenhamente combatidas; quando são assimiladas pela sociedade e ganham força, passam a ser modificadas a tal ponto que ficam castradas e sem potência para fazer aquilo que propunham”. No desenvolvimento sustentável, não estamos imunes a isso. Vi, no Congresso Nacional, pessoas mudando a lei que protege florestas e anistiando desmatadores ilegais, diminuindo de 30 metros para 15 metros as áreas de preservação à margem dos rios de pequeno porte e de 500 metros para 100 metros nos grandes rios da Amazônia. E se dizem a favor do desmatamento zero e da sustentabilidade. É o discurso sem coerência com a prática. Mas tivemos avanços nos últimos anos.

JC - Quais?

Marina - Temos uma das melhores legislações ambientais do mundo, conquistada a duras penas com a Constituição de 1988. A partir de 2003, houve um esforço grande de implementá-la e veio uma reação muito forte contra a legislação ambiental. Estamos agora diante de um grande retrocesso, que na prática inviabiliza o discurso da presidente (na Rio+20). O Brasil foi o primeiro país a assumir a meta de redução de dióxido de carbono (CO2) na Convenção do Clima; mas fez isso graças ao Plano de Combate ao Desmatamento que, com base no Código Florestal, reduziu em 80% os desmatamentos. Suprimindo o Código Florestal na proteção das florestas, vamos retornar ao velho paradigma do desmatamento como forma de “gerar desenvolvimento”. O Brasil não precisa disso para fazer a sua agricultura crescer.

JC - Por quê?

Marina - O Brasil tem um potencial enorme para crescer aumentando sua produção por ganho de produtividade e não por expansão da fronteira agrícola. A gente tem que insistir no conceito da sustentabilidade e cobrar coerência. A população tem que dar o termo de referência para empresas e governos de que desenvolver preservando recursos naturais é um valor social, econômico, ético, político e, sobretudo, ambiental. Cada vez mais vamos precisar integrar economia e ecologia, política e ética.

JC - A senhora vai trabalhar pelo veto ao Código Florestal ou para que o texto seja modificado ainda no Congresso Nacional?

Marina - As duas coisas, com o Comitê em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, que congrega mais de 100 entidades da sociedade civil. Estamos fazendo todos os esforços para resolver o problema no Congresso, que é o melhor caminho. Mas como o governo se omitiu e deixou que o problema fosse agravado, só nos restará pedir à presidente Dilma que vete o projeto tal como ela se comprometeu no segundo turno (da campanha eleitoral de 2010).

JC – Como será sua participação político-partidária nas próximas eleições de 2012 e 2014?

Marina - Em 2012, vou apoiar candidatos comprometidos com o programa Cidades Sustentáveis, independentemente de partidos. Mas não por um enunciado: vou olhar a prática das pessoas, suas trajetórias, compromissos assumidos e prioridades programáticas. E participar do movimento que as pessoas chamam de “Por uma Nova Política”, no sentido de fazer com que o tema do desenvolvimento sustentável continue sendo relevante.

JC - E 2014?

Marina - Não quis ficar na cadeira cativa de candidata em 2014. Vou continuar defendendo o desenvolvimento sustentável no Brasil. Se em 2014 isso se colocar novamente como legítimo e tiver necessidade de contribuição, vou avaliar se tenho condições de continuar nesse lugar de possível candidata. Nesse momento, não sei. Se houver um candidato melhor do que eu, não tenho nenhum problema em apoiá-lo, desde que comprometido de fato com essa plataforma.

JC - Como a senhora avalia os movimentos políticos apartidários, organizados via internet?

Marina - É uma ferramenta que potencializa uma ação política de novo tipo, mas que não se basta em si mesma e nunca vai prescindir o sujeito político nem eliminar a necessidade de que em alguns momentos estejamos atuando em espaços presenciais; senão, a gente vira uma coisa abstrata, virtual. Estamos vivendo uma espécie de democracia prospectiva. Até pouco tempo, quem conseguia prospectar aplicativos para a democracia eram os partidos, as corporações, a academia, depois os sindicatos e as ONGs. Hoje, com a internet, bilhões de seres humanos estão prospectando novos aplicativos para a democracia. Como se faz para “democratizar a democracia”? Isso parece estranho, mas os gregos quando inventaram a democracia a fizeram somente para homens livres, não era para mulheres nem para escravos. E a democracia grega foi se democratizando e hoje é para todos, mas isso não significa que já estejamos na perfeição da democracia, é um processo que se desdobra, se reelabora, de acordo com os avanços materiais, políticos e éticos.

JC - E a participação?

Marina - Cada vez mais as pessoas estão questionando essa história de serem meros espectadores da política, eles querem ser sujeitos e está surgindo um novo sujeito político. Ainda não sabemos como será, mas com certeza está a exigir uma nova visão da política, novos processos e estruturas. As estruturas que temos hoje nos partidos não são suficientes para atender à demanda de participação que está colocada pela sociedade, a qual cada vez mais tem acesso à informação e é capaz de criar sua própria audiência, seu grupo de relação, e de interferir de forma decisiva em muitos casos, como aconteceu agora nos Estados Unidos em relação à regulamentação da internet.

JC - A democracia representativa vive uma crise?

Marina - Vive a exigência de melhorar sua qualidade, porque os que estão representando já não conseguem mais abarcar os anseios dos representados. Os que estão diretamente participando, esses já estão, de certa forma, integrados ao sistema, e os que não estão buscam como e de que maneira podem participar. Há um momento de questionamento para que a gente tenha uma nova qualidade da política. A humanidade está vivendo uma crise civilizatória. Nela, ainda não se tem resposta para tudo; apenas começa um processo em que não é um grupo nem um partido, nem uma pessoa, é a comunidade de pensamento - como diz Edgar Morin -, que começa a se colocar criando novos espaços de convergência, novos consensos, produzindo as novas respostas para as demandas deste início de século.

JC - Qual é o papel das crianças na proteção ambiental?

Marina - A criança, o adolescente e os jovens têm exercido um papel de muito peso na sociedade. O consumo nas casas das famílias é pautado por essa faixa etária. Se a crise ambiental global se relaciona com a nossa forma de produzir e consumir, eles têm um papel fundamental. Quando tomam consciência de que podem fazer algumas coisa, são bem diferentes de nós, porque somos convencidos a mudar de atitude e eles são verdadeiros convertidos. Isso vai fazer a diferença na realidade do Brasil.

JC - O capitalismo vive do consumo e do descarte. Precisamos de um novo modelo?

Marina - Há necessidade de um novo modelo - chamamos de desenvolvimento sustentável. Não o encontramos nem nos países capitalistas nem nos que se dizem socialistas. Como gerar qualidade de vida e manter as bases naturais do desenvolvimento? É o desafio civilizatório que está colocado. Não será mais uma resposta de direita e esquerda, socialismo e capitalismo, é algo mais profundo. Há a exigência de mudanças integradas no plano global e que se realizam nos espaços locais. É fácil defender o ambiente dos outros, é muito fácil para alemães, ingleses e franceses defenderem a Amazônia. Difícil para eles é mudar a matriz energética (deles). É fácil para o Brasil proferir o discurso de que já está protegendo as florestas, difícil é apostar em uma nova matriz energética que não coloque em risco as comunidades indígenas. Chegou o momento de discutir meio ambiente no nosso próprio ambiente, e não apenas no ambiente dos outros.
Fonte: Jornal do Comércio

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