terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Copel contrata Ecossis para desenvolver Plano de Monitoramento do Risco de Colisão de Aves e Morcegos em Linha de Transmissão

Monitoramento avaliará a existência da mortandade de aves e morcegos

A Copel Companhia Paranaense de Energia contratou a Ecossis para executar um Plano de Monitoramento do Risco de Colisão de Aves e Morcegos na Linha de Transmissão 525 kV Foz do Iguaçu – Cascavel Oeste, no Paraná.

A equipe de biólogos da Ecossis, e a oceanógrafa coordenadora do plano de monitoramento Caroline Nascimento realizarão durante um ano, observações diretas na área de alcance do empreendimento para avaliar o comportamento das aves e morcegos em relação à linha de transmissão.

Com o Plano de Monitoramento, a Ecossis irá avaliar a existência da mortandade de aves e morcegos por colisão ou eletrocussão nas estruturas da linha de transmissão. Além da existência ou não, deste impacto sobre indivíduos da avifauna e da quiropterofauna da área de influência do empreendimento.

Conforme o Diretor Técnico Moreira, um dos pontos a ser monitorado encontra-se no município de Matelândia, em área particular. E apresenta vegetação densa e bem estruturada. Já o restante dos pontos está localizado na faixa de vegetação ciliar existentes às margens do reservatório Itaipu, caracterizados como importantes abrigos de espécies ribeirinhas, falou Moreira.
* Lenize Lopes

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sensores de fibra óptica tornarão mais eficiente o monitoramento de geradores de hidrelétricas

Uma tecnologia desenvolvida no Laboratório de Instrumentação Fotônica (LIF) da Coordenação de Programas de Pós Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) promete revolucionar o monitoramento de temperatura de geradores de usinas hidrelétricas no país, garantindo vida útil mais longa aos equipamentos.

O projeto piloto foi instalado na Usina de Samuel, operada pela Eletronorte em Rondônia, e apresenta resultados positivos após dois anos e meio de testes, disse o coordenador do LIF, Marcelo Werneck, professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe.

Com a contratação do projeto pela Eletronorte, ele acredita que o sistema poderá passar a ser fabricado em série para atender a novas usinas hidrelétricas. Marcelo Werneck disse que a partir de agora, a Coppe vai desenvolver os novos sensores juntamente com uma empresa nacional, de modo a produzir um “cabeça de série” - produto pronto para ser utilizado. “Você fecha o triângulo de P&D [pesquisa e desenvolvimento], que une o usuário, o fabricante e o laboratório de pesquisas”.

O novo sistema usa sensores de fibra óptica para fazer o monitoramento remoto da temperatura dos geradores, em substituição aos sensores convencionais, “que utilizam as técnicas que a gente já conhece há mais de 100 anos na eletrônica e que estão fazendo o seu papel de manter a temperatura constante”, explicou Werneck.

O novo sistema desenvolvido pela Coppe utiliza técnicas mais avançadas e eficientes. A principal vantagem da aplicação de fibra óptica, “já que ela é de vidro e o vidro é um isolante elétrico, é que você pode medir coisas muito próximas ou até em cima de locais energizados, em alta tensão”.

Não se pode fazer o mesmo com os sensores convencionais, porque eles dão contato, isto é, passagem elétrica, e exigem cuidados para serem usados próximos à rede em alta tensão, acrescentou. Por isso, Werneck considera que as maiores aplicações dos sensores de fibra óptica são em locais de difícil acesso e em alta tensão. “Daí a vantagem dessa aplicação”. O acompanhamento da temperatura dos hidrogeradores previne ainda danos ao equipamento.

Outra vantagem é que a fibra óptica é mais fina e menor e, por essa razão, gera um aproveitamento melhor do espaço. “A fibra óptica cabe em locais menores e ocupa menos espaço do que os fios de cobre. Um único cabo de fibra óptica pode conter até 20 sensores”. No caso dos sensores convencionais, cada um tem um fio de cobre que vai até a sala de comando. Como esses fios de cobre são grossos, largos e pesados, eles ocupam maior espaço.

A manutenção e a instalação também serão mais baratas, estimou o professor da Coppe. O projeto com a Eletronorte tem prazo de 12 meses para ser desenvolvido. 0 coordenador do LIF acredita que até o fim do ano haverá uma linha de montagem pronta para fabricar o novo sistema em série, “a tempo ainda de pegar [a usina hidrelétrica de] Belo Monte, no Rio Xingu (PA), e outras que virão. Espero poder fornecer para eles esse produto”.

A nova tecnologia é resultado da tese de doutorado de Regina Allil e da dissertação de mestrado de Bessie Ribeiro, alunas do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe. O sistema é composto por quatro sensores e apenas um cabo de fibra óptica.
Fonte: Eletrobras

Projeto prevê incentivos fiscais a quem utilizar energia solar

Tramita na Câmara dos Deputados projeto que concede incentivos fiscais a quem utilizar energia solar em residências e empreendimentos. O projeto de lei 2562/11, do deputado Irajá Abreu (PSD-TO), prevê que os contribuintes poderão deduzir do imposto de renda devido, até o ano de 2020, parte das despesas com a aquisição de bens e serviços necessários ao uso de energia solar.

O objetivo da proposta é aumentar a utilização da energia solar, reduzindo seu custo e estimulando aenergia renovável. Sujeito à apreciação conclusiva, o projeto foi distribuído às comissões de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

A dedução prevista, com base na tabela do imposto de renda para pessoa física, tem os seguintes limites: de 100% entre R$ 1.499,16 e 2.246,75; de 75% entre R$ 2.246,76 e 2.995,70; de 50% entre R$ 2.995,71 e R$ 3.743,19; de 25% acima de R$ 3.743,19. Esses valores deverão ser reajustados conforme a atualização da tabela do imposto de renda.

No caso da pessoa jurídica, a dedução é de 100% para a empresa de pequeno porte; de 75% para a empresa regida pelo Supersimples; de 50% para a empresa regida pelo lucro presumido; e 25% pela regida pelo lucro real. As instalações que empreguem energia solar para aquecimento de água ou geração direta de energia deverão ser inspecionadas pelas distribuidoras de energia locais. Clique aqui para ver o projeto na íntegra.
Fonte: Agência Ambiente Energia

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Falta de sustentabilidade do modelo econômico é tema central do Fórum Social Temático em Porto Alegre

Se em 2001, quando o Fórum Social Mundial (FSM) foi criado em contraponto ao Fórum Econômico de Davos, o neoliberalismo era o principal alvo da crítica dos que acreditavam em “um outro mundo possível”, atualmente é outra face do capitalismo que preocupa os altermundistas: a falta de sustentabilidade do modelo econômico. O tema será o centro dos debates do Fórum Social Temático (FST), que começou na terça - feira (24) em Porto Alegre.

O FST – cujo tema será Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental – deverá ser uma prévia da Cúpula dos Povos, encontro de movimentos sociais paralelo à Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece em junho.

Um dos pais do FSM Oded Grajew diz que a preocupação ambiental sempre esteve na agenda dos que queriam uma alternativa às idéias pregadas em Davos (sede do Fórum Econômico), e que ganhou força nos últimos onze anos.

“Desde o começo, a ideia era ter um modelo de desenvolvimento sustentável, em contraponto ao neoliberalismo. Em 2001, a palavra talvez não fosse essa, sustentabilidade, mas era esse o modelo. Um modelo que oferece um desenvolvimento sustentável, para todos e ao mesmo tempo, nas dimensões econômica, alimentar, social, cultural. Essa é a idéia desde o começo do FSM”, lembrou Grajew, em entrevista à Agência Brasil.

As crises financeiras de 2008 e a atual mostram que o modelo neoliberal tem falhado e que os defensores de Davos estavam errados, segundo Grajew, e fechar os olhos para a crise ambiental pode levar a consequências mais graves que a quebra de mercados. “Demos alertas sobre a crise financeira, os riscos, a falta de regulação e os neoliberais fecharam os olhos. É melhor prestar atenção para uma coisa que pode ser muita mais desastrosa”, avaliou.

Entre as preocupações ambientais que podem levar a uma crise ambiental estão o esgotamento dos recursos naturais, a insegurança alimentar, a crise energética e as mudanças climáticas.

No FST, ativistas vão tentar articular propostas alternativas às que serão apresentadas pelos governos na Rio+20. Segundo Grajew, o texto-base das negociações da conferência apenas tangencia os problemas, sem apontar soluções ou compromissos que apontem para mudanças significativas no atual padrão de desenvolvimento.

“É preciso uma mudança de abordagem: em nenhum momento está se apontando as questões do limite do planeta e de combater a desigualdade, se fala em pobreza, em uma visão muito filantrópica”, criticou.

O encontro dessa semana em Porto Alegre deverá manter a tradição do FSM de não divulgar uma posição única, mas, segundo Grajew, a expectativa é que ativistas de todo o mundo, inclusive representantes de movimentos como a Primavera Árabe, as manifestações estudantis chilenas, o Occupy Wall Street e os Indignados da Espanha se unam para cobrar desde já resultados mais efetivos da Rio+20.

“Tudo caminha para que a conferência seja um evento sem consequências práticas. É preciso haver comprometimento com metas numéricas relacionadas a mudanças no padrão energético, diminuição das desigualdades, conservação da biodiversidade, metas de redução de mortalidade infantil. Metas sociais, econômicas e ambientais, políticas que liberem governos do poder econômico, democratização das instituições multilaterais”, sugeriu.

Até domingo (29), cerca de 30 mil pessoas devem participar do FST, segundo estimativas da organização. A programação inclui mais de mil atividades em Porto Alegre e em mais três cidades da região metropolitana da capital gaúcha.
Fonte: jma

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Você sabe o que é um Licenciamento Ambiental?

É o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual ou municipal, para licenciar a instalação, ampliação, modificação e operação de atividades e empreendimentos que utilizam recursos naturais, ou que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental.

O licenciamento é um dos instrumentos de gestão ambiental estabelecido pela lei Federal n.º 6938, de 31/08/81, também conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente.

Em 1997, a Resolução nº 237 do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente definiu as competências da União, Estados e Municípios e determinou que o licenciamento deverá ser sempre feito em um único nível de competência.

No licenciamento ambiental são avaliados impactos causados pelo empreendimento, tais como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e incêndios.

Cabe ressaltar, que algumas atividades causam danos ao meio ambiente principalmente na sua instalação. É o caso da construção de estradas e hidrelétricas, por exemplo.

É importante lembrar que as licenças ambientais estabelecem as condições para que a atividade ou o empreendimento cause o menor impacto possível ao meio ambiente. Por isso, qualquer alteração deve ser submetida a novo licenciamento, com a solicitação de Licença Prévia.

Etapas do Licenciamento Ambiental

Licença Prévia (LP) - Licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Aprova a viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início das obras.

Licença Instalação (LI) - Licença que aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da obra/empreendimento. É concedida depois de atendidas as condições da Licença Prévia.

Licença de Operação (LO) - Licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra. É concedida depois de atendidas as condições da Licença de Instalação.

A solicitação de qualquer uma das licenças deve estar de acordo com a fase em que se encontra a atividade/ empreendimento: concepção, obra, operação ou ampliação, mesmo que não tenha obtido anteriormente a Licença prevista em Lei.

Atividades que estiverem em fase de ampliação e não possuírem Licença de Operação deverão solicitar, ao mesmo tempo, a LO da parte existente e a LP para a nova situação. No caso de já possuírem a LO deverão solicitar LP para a situação pretendida.

Para atividades Industriais

• Nos procedimentos de licenciamento de indústrias de maior porte e grande potencial poluidor, a FEPAM controla a qualidade dos despejos líquidos lançados por elas nos corpos hídricos do Estado. Esse controle é realizado pelo SISAUTO- Sistema de Automonitoramento. Acesse as planilhas

• A FEPAM também possui procedimentos específicos para o gerenciamento dos resíduos sólidos industriais.

Definições importantes

Empreendedor: Responsável legal pelo empreendimento/atividade.
Empreendimento: Atividade desenvolvida em uma determinada área física.
Poluição: Qualquer alteração nas condições ambientais originais, capaz de produzir efeitos/impactos negativos.
Fonte: FEPAM

FUMIN lança programa para ajudar empresas a gerenciar suas emissões de gases de efeito estufa

O Fundo Multilateral de Investimentos (FUMIN) do Banco Interamericano de Desenvolvimento, em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), lançará programa para ajudar 200 pequenas e médias empresas a gerenciar suas emissões de gases de efeito estufa.

O projeto de US$ 2,8 milhões dará apoio técnico às PME para que elaborem inventários de emissões, apoiará as empresas participantes na identificação de oportunidades de negócios afins e ajudará a ABNT a credenciar-se como inspetor independente de emissões de gases de efeito estufa, em conformidade com normas e protocolos internacionalmente aceitos.

Até hoje, as iniciativas voluntárias de gestão de gases de efeito estufano Brasil têm envolvido apenas empresas de grande porte. Há poucos recursos disponíveis para auxiliar as PME na capacitação de pessoal e na implementação de sistemas de gestão de GEE. Além disso, não há organizações ou empresas brasileiras credenciadas como inspetores independentes de emissões de GEE para garantir a qualidade dos dados.

“Munidas de melhores ferramentas e capacidades, as PME brasileiras não ficarão mais à margem da crescente economia verde da região”, observou Zachary Levey, chefe da equipe do projeto no FUMIN.

O Brasil é considerado um líder global em ações relacionadas com mudança climática e sustentabilidade. Em 1992 o país sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD ou Cúpula da Terra do Rio), no Rio de Janeiro, quando foi assinada a Convenção-Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática (CMNUMC). Em junho de 2012, o Brasil sediará a Cúpula Rio+20.

O projeto será executado pela ABNT, entidade sem fins lucrativos criada em 1940 para desenvolver normas técnicas no Brasil. Membro fundador da Organização Internacional de Normalização, a ABNT tem vasta experiência na implementação de sistemas de gestão de qualidade, sistemas de gestão ambiental e vários esquemas de certificação de produtos para PME.

Sobre o FUMIN – Criado em 1993 como parte do grupo BID, o Fundo Multilateral de Investimentos desenvolve abordagens efetivas para apoiar o crescimento econômico e a redução da pobreza por meio de ações de desenvolvimento capitaneadas pelo setor privado para o apoio a micro, pequenas e médias empresas, beneficiando os pobres – seus negócios, suas propriedades agrícolas e seus domicílios. (Informações do BID.
Fonte: Ambiente Energia

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fórum Social Temático começa nesta terça-feira

O evento é ligado ao Fórum Social Mundial, criado na capital gaúcha em 2001 em contraponto ao Fórum Econômico de Davos. A crise mundial e as propostas para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontece em junho, no Rio de Janeiro, estarão no centro dos debates do FST, sob o tema Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental.

O evento, organizado por ativistas e organizações da sociedade civil pretende ser uma prévia da Cúpula dos Povos, encontro de movimentos sociais paralelo à Rio+20. Além do FST em Porto Alegre, mais 25 eventos devem compor a agenda do Fórum Social Mundial em 2012.
De acordo com a organização do FST, até domingo (29), cerca de 30 mil pessoas deverão passar pelas mais de mil atividades programadas para Porto Alegre e mais três cidades da região metropolitana da capital gaúcha.

O início oficial do encontro está marcado para a tarde de hoje, com a tradicional marcha de abertura, que repetirá o trajeto feito pelas ruas de Porto Alegre em edições anteriores do fórum. A passeata sairá da Avenida Borges de Medeiros e seguirá, num trajeto de cerca de 5 quilômetros, até a Usina do Gasômetro, às margens do Rio Guaíba.

Ao longo da semana, a extensa programação do FST inclui debates, oficinas, exposições e apresentações culturais, na maioria atividades autogestionadas, organizadas por movimentos sociais, centrais sindicais e organizações não governamentais. Eclético, o menu inclui desde debates sobre a crise do capitalismo a oficinas de biodança e teatro de bonecos.

Apesar do caráter “não governamental e não partidário” dos eventos ligados ao FSM, definido em sua Carta de Princípios, o FST também deve atrair políticos. Além do governo estadual, comandado por Tarso Genro, velho conhecido do Fórum, o governo federal terá participação significativa. A presidenta Dilma Rousseff deve ir a Porto Alegre na quinta-feira (26) para um diálogo com a sociedade civil e pelo menos sete ministros do governo estarão em eventos do FST ao longo da semana.

Entre os nomes confirmados para o megaevento, estão figuras conhecidas do FSM, como o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos e o jornalista e escritor espanhol Ignacio Ramonet. Também devem marcar presença ativistas que foram protagonistas de movimentos como a Primavera Árabe, as manifestações estudantis chilenas, o Occupy Wall Street e os Indignados da Espanha. Confira a programação do Fórum Social
Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Grand Canyon vive crise ambiental

Considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo, o Grand Canyon, no norte do estado americano do Arizona, com seus desfiladeiros moldados pelo Rio Colorado durante milênios, recebe 4,5 milhões de visitantes todos os anos. Aqueles que optam por fazer trilhas e acampar no vale, podem, em determinados trechos, se deparar com o seguinte aviso: “não beba água do rio, ela é radioativa”.

A atração turística, que movimenta cerca de 3,5 bilhões de dólares, está no meio de uma crise ambiental pouco falada, embora deflagrada por uma atividade de risco: a mineração de urânio. Um passo importante para o futuro da região foi dado pelo governo dos Estados Unidos que anunciou uma moratória de 20 anos para abertura de novas minas em um raio de 400 mil hectares (4 mil km²) ao redor da formação rochosa.

Como era de se esperar, a medida gerou indignação da ala conservacionista e críticas da indústria de mineração e de alguns republicanos do Congresso, que argumentam que a proibição vai afetar a economia do estado e tirar oportunidades de trabalho. Por outro lado, ambientalistas disseram que a medida será um dos legados verdes da administração de Obama, mas ressalvaram que a batalha ainda não foi totalmente vencida.

Para eles, não apenas o Grand Canyon, mas o mineiros e os moradores locais, incluindo comunidades indígenas, vivem sob ameaça constante de um acidente com urânio. Isso porque a moratória não vai afetar os trabalhos de cerca de 3 mil minas que já existem na região e são parte importante da estratégia energética do país.

Boom do urânio

Há mais de meio século, as regiões no entorno do Parque Nacional que leva o nome da atração são exploradas para retirada de urânio, principal matéria-prima das usinas nucleares. Mas foi somente a partir de 2003, que o ritmo de abertura de novas minas e pedidos de licenças para prospecção viveram um boom, como resultado direto da alta dos preços dos metais no mercado internacional e também do movimento de renascimento da indústria de energia atômica. Em cinco anos, o valor do urânio foi multiplicado por oito.
Fonte:jma

Inclua uma atividade física na sua rotina

Graças às novas tecnologias, ficamos acessíveis sete dias por semana. Já não basta responder a um e-mail no mesmo dia, é preciso responder instantaneamente pelo smartphone. O processo de tomada de decisão também ficou mais rápido.

"É necessário decidir com agilidade e precisão. O problema é que o senso de urgência não é compatível com a necessidade de planejamento", diz José Valério Macucci, consultor de carreira de São Paulo e ex-executivo do mercado financeiro. "Precisamos de um novo modelo de gestão.

Enquanto ele não é criado, os profissionais vivem um processo de esgotamento", afirma. A saída é não se tornar refém do modelo vigente. Busque um estilo de vida que respeite sua agenda pessoal e evite a automedicação para remediar o estresse e a ansieade — hábito comum entre os executivos.

Para o psiquiatra Rubens Pitliuk, do Hospital Albert Einstein, não há um excesso no consumo de medicamentos para aliviar a pressão. "O que temos é um excesso de estresse", diz. Segundo o médico, o uso de remédios é bem-vindo e pode evitar outras doenças decorrentes da ansiedade. "É melhor o indivíduo recorrer a um remédio do que desenvolver uma gastrite ou ter um infarto."

Porém, alguns especialistas alertam que o uso de drogas prescritas é apenas um paliativo. "Se não houver mudanças no estilo de vida, o problema vai continuar ali", diz Alberto Ogata, da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.

Para ele, se a origem do estresse não for tratada, abre-se espaço para outros problemas de saúde. "O que está por trás da insônia e da ansiedade não é uma mera agitação, mas a pressão mal administrada", diz Ogata.
Fonte: Você S/a

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ICMBio disponibiliza mapa dos animais sob ameaça de extinção

A população já pode conhecer e visualizar em um mapa a lista de espécies ameaçadas de extinção e a ocorrência dos animais em Unidades de Conservação (UCs) do governo federal. A lista pode ser acessada no site do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade: www.icmbio.gov.br.

A ferramenta permite ao usuário selecionar a unidade de conservação, conhecer as espécies ameaçadas, como a juguatirica (em foto, na capa), e saber mais sobre cada animal em risco.

Com a iniciativa, o ICMBio pretende ressaltar a importância das UCs para a proteção das espécies. O instituto apresenta em um novo formato as informações contidas no Atlas da Fauna Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação federais.

"A primeira edição do Atlas identificou que 50% das espécies da fauna ameaçadas de extinção ocorrem em Unidades de Conservação federais", informa o coordenador-geral de Manejo para Conservação, do ICMBio, Ugo Vercillo. A segunda edição do Atlas está em elaboração.
Fonte: Terra

Assembléia Legislativa realiza audiência pública pelo fim da crueldade contra os animais

Nesta sexta-feira, será realizado uma audiência pública pelo fim da crueldade contra os animais. “Além da luta que muitos travam para inibir a violência contra os animais, a maior luta é pela alteração da legislação já existente”, disse a vereadora Heloísa Helena, defensora declarada dos direitos animais e uma das idealizadoras da audiência pública contra a crueldade aos animais que será realizada hoje (20), às 9 horas, no plenário da Assembleia Legislativa, em Maceió.

No dia 22 de janeiro (domingo) entidades de todo o país que defendem os direitos dos animais realizarão uma mobilização nacional pedindo o fim da crueldade animal, mas, em Alagoas, os defensores da causa decidiram realizar uma ampla discussão com entidades e instituições ligadas a causa para buscar soluções para o principal problema enfrentada em casos de violência contra os animais, as leis brandas.

“A maior luta, realmente, dessa causa é a alteração da legislação já existente. Precisamos de leis mais severas, pois quem é capaz de espancar e matar um animal indefeso é capaz de fazer o mesmo com uma pessoa, um ser humano”, disse a vereadora Heloísa Helena.

De acordo com a vereadora, já existem projetos de modificações para as punições em casos de maus-tratos contra animais, uma, inclusive, que tramita na Câmara dos Deputados desde 1998 e ainda não foi a votação. E um dos principais objetivos dessa reunião é colocar o projeto em foco e finalmente realizar a votação do mesmo.

“Eu sei que existem muitas formas de violência, existem muitos casos de violência contra crianças, idosos, pessoas em geral, mas essa [maus tratos animais] também é uma forma de agressão e toda a forma de violência deve ser combativa. Não podemos aceitar a ridicularização desse debate”, afirmou a vereadora. “Já existe um projeto na Câmara sobre essa questão. Um projeto que tramita desde 1998. Nós íamos entrar com outros projetos, mas há muitos obstáculos para isso, então preferimos lutar para garantir esse que já está lá”, finalizou a vereadora.

De acordo com Heloisa, a previsão é que o projeto seja votado neste primeiro semestre, mas como estamos em ano eleitoral, mais uma vez o projeto pode ser adiado e se isso acontece a vereadora já garantiu que tem um ‘plano B’.

“Estamos em ano eleitoral e sabe como as coisas são, por compromissos eleitoreiros muitos parlamentares falta com suas obrigações e muitas seções são canceladas”, alfinetou a vereadora. “Se isso acontecer, já falei com o senador Pedro Simon [PMDB/RS] e vamos realizar o processo ao contrário, pulando etapas. Não é o adequado, mas algo tem que ser feito imediatamente. Esse projeto já é de 1998, não podemos adiar mais”, finalizou.

Todos que se interessem pela causa podem participar da audiência pública. E é a importante o engajamento da população, agressores e políticos vejam que tem gente que se importa e que a causa é séria.

“É muito interessante que haja uma mobilização por parte dos defensores dos animais, inclusive, pelo caráter público da audiência. Qualquer um poderá utilizar a tribuna para reivindicar melhoria. Toda sociedade necessita reagir a tantas barbaridades cometidas contra os animais e este será o momento”, disse a presidente do NEAFA, Cristiane Leite, ao convidar a população para participar da reunião.

Durante a reunião serão distribuídos materiais explicativos e a transmissão do canal legislativo vai favorecer a divulgação nas escolas. A organização do evento espera a participação da Secretaria de Educação para que esta apóie um projeto de acompanhamento nas instituições de ensino do Estado.

“A gente preparou um material, esperamos que a Secretaria de Educação comparece, pois entregaremos uma material para ser distribuído nas escolas”, disse Heloisa Helena. “No Brasil, constantemente, vem sendo divulgados casos de crueldade extrema contra animais na presença de crianças, desrespeitando não somente a legislação, mas também promovendo a agressividade nesses seres ainda em formação”, explicou.

Ainda de acordo com a vereadora, a escolha do dia 20 foi estratégica, já que a mobilização nacional acontece no domingo (22). “Foi para possibilitar a transmissão da TV”, dessa forma a debate ganha a importância devida. “A gente espera que todos se engajem e apóiem essa luta”, finalizou a vereadora Heloisa Helena.

A audiência pública contra a crueldade animal é um iniciativa do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (NEAFA), da vereadora Heloisa Helena e do deputado Judson Cabral, e do radialista Moreira da Silva.
Fonte: Primeira edição

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Análise da Viabilidade do Aproveitamento Energético do Lixo

Os resíduos decorrentes da atividade humana é hoje uma das mais graves ameaças ao meio-ambiente. O próprio sistema econômico no qual estamos inseridos promove o crescimento continuo de resíduos. Desta maneira, a disposição e o tratamento adequados destes resíduos tornam-se imprescindíveis à preservação dos recursos naturais e à própria saúde humana.

Por outro lado, a constatação do aquecimento global impulsiona a busca por soluções de geração de energia limpa, que evitem a emissão de gases de efeito estufa.

Desta forma, o aproveitamento energético de resíduos urbanos se mostra como uma alternativa extremamente eficaz na minimização destes dois problemas: promove um tratamento adequado do lixo, enquanto reduz as emissões de metano provenientes da decomposição da matéria orgânica e produz energia limpa. Além disso, a implantação de usinas termoelétricas movidas a lixo pode evitar a necessidade de geração de energia através de combustíveis fosseis.

Atualmente, as duas principais tecnologias para geração de energia elétrica a partir de resíduos urbanos são: através da captação e queima do biogás produzido nos aterros sanitários e pela incineração direta do lixo.

A seguir serão descritos, de acordo com a bibliografia citada, os sistemas de geração de energia elétrica através da queima de biogás em aterros sanitários e pela incineração direta do lixo.

O Sistema de Captação e Queima de Biogás em Aterros Sanitários

O biogás é formado a partir da decomposição anaeróbica dos resíduos orgânicos dispostos em aterros sanitários, com a seguinte composição: 40-55% de metano, 35-50% de dióxido de carbono, 0-20% de nitrogênio. O poder calorífico do biogás é de aproximadamente 5.800 kcal/m3.

No aterro sanitário, o lixo é depositado sobre o terreno e recoberto com camadas do solo do próprio local, isolando-o do meio ambiente. Formam-se então câmaras, nas quais é produzido o gás e liberado o chorume, que é captado através de tubulações e escoado para tanques de tratamento. Os gases liberados durante a decomposição dos resíduos são captados e podem ser utilizados como fonte de energia.

Um sistema padrão de coleta do biogás de aterro é composto por poços de coleta e tubos condutores, sistema de compressão e sistema de purificação do biogás. A coleta de gás normalmente começa após uma porção do aterro ser fechada. Existem duas configurações de sistemas de coleta: poços verticais e trincheiras horizontais, sendo que os poços verticais são o tipo mais usado de coleta. As trincheiras podem ser apropriadas para aterros profundos e podem ser usadas nas áreas de aterro ativo. Independente do sistema de coleta usado, cada uma das pontas do tubo é conectada a uma tubulação lateral que transporta o gás para um coletor principal. O biogás é succionado do aterro por compressores, que comprimem o gás antes de entrar no sistema de recuperação energética. O tamanho, tipo e número de compressores necessários dependerão da taxa do fluxo de gás e do nível de compressão desejado, que pode ser determinado pelo equipamento de conversão energética. Além disto, a maioria dos aterros sanitários com sistema de recuperação energética possui flare para queima do excesso do biogás ou para uso durante os períodos de manutenção dos equipamentos.

Quando o biogás (quente) produzido pelo aterro passa pela tubulação, acaba resfriando formando então um condensado. Caso não se remova esse condensado o sistema de coleta pode ser bloqueado interrompendo, então, o processo de recuperação de energia. O controle do condensado tem início no sistema de coleta onde são utilizados conectores e tubos inclinados para permitir a drenagem em tanques e após a coleta o condensado é removido. Os métodos para disposição do condensado são: descarga no sistema público de esgoto, sistema de tratamento local, e recirculação para o aterro sanitário.

As tecnologias convencionais para a transformação energética do biogás são os motores de combustão interna, turbinas a gás (ciclo aberto) e turbinas com utilização de vapor (ciclo combinado). Existem também tecnologias emergentes como as células de combustíveis que, ainda em fase de desenvolvimento e aperfeiçoamento, pode ser considerada uma tecnologia promissora.

A grande vantagem do aproveitamento energético do biogás em aterros sanitários é a eliminação da emissão de metano oriundo da decomposição da matéria orgânica, que tem alto poder de aquecimento global. As desvantagens desta tecnologia são: uso de grandes áreas para construção do aterro sanitário; o processo de conversão do lixo em energia é pouco eficiente; há risco de explosão e vazamento de chorume.

As vantagens do método de incineração direta do lixo são: redução do volume requerido para disposição do lixo; eficiência na transformação do lixo em energia; evita a construção de aterros sanitários e possíveis emissões de metano e formação de chorume; a geração de energia elétrica é feita sem ruídos e sem odores. Como desvantagens, podemos citar: inviabilidade do processo com resíduos de menor poder calorífico e aqueles clorados; alto custo e dificuldade de aceitação da população.

De acordo com os resultados obtidos podemos concluir que, apesar do custo mais elevado, o processo de incineração do lixo com aproveitamento energético apresenta mais vantagens em relação à alternativa de captação do biogás, como maior eficiência na conversão de energia e menores impactos ambientais, principalmente por eliminar a necessidade de construção de aterros sanitários.

No entanto, uma cidade que já possui um aterro sanitário, o aproveitamento energético do biogás deve ser visto como uma forma de amenizar seus efeitos negativos, evitando a emissão de metano na atmosfera e proporcionando melhorias ambientais e sociais.

* João Macário Netto

Fonte: Primeira Edição

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Londres prepara a primeira olimpíada sustentável da história

Os preparativos para os jogos olímpicos de Londres estão a todo o vapor. A capital inglesa é a primeira sede a incorporar a sustentabilidade em todas as etapas do planejamento. Antes disso, somente os jogos de inverno de Vancouver, havia aderido à proposta.

O projeto para a olimpíada de 2012 é ir além do “verde” deixando um legado positivo para as comunidades e para o meio ambiente. Segundo a comissão coordenadora do evento esportivo, alguns pré-requisitos foram levados em consideração durante toda a elaboração da estrutura para os jogos, como: utilizar estruturas já existentes sempre que possível; construir novas estruturas apenas quando forem úteis em longo prazo após os jogos e usar construções temporárias para o restante; incentivar a mudança e uma vida mais sustentável em todo o território inglês.

Para garantir que os três pilares que formam a sustentabilidade sejam priorizados em todas as etapas de planejamento dos jogos olímpicos de Londres, os dirigentes contaram com o apoio da ONG ambiental WWF. Assim foi criado o Plano de Sustentabilidade Londres 2012, com cinco temas principais:

1. Alterações Climáticas – Minimizar as emissões de gases de efeito estufa, garantindo facilidade para que as próximas gerações sejam capazes de lidarem com os impactos das mudanças climáticas.

2. Resíduos – Minimizar o desperdício em todas as fases do projeto, garantir que não haja resíduos enviados para aterros durante os jogos e incentivar o desenvolvimento de novas infraestruturas de tratamento de resíduos na área ocidental de Londres.

3. Biodiversidade – Minimizar o impacto dos jogos sobre a vida selvagem e dos seus habitats nas áreas ao redor dos centros esportivos.

4. Inclusão – Promover o acesso a todos e celebrar a diversidade de Londres e do Reino Unido, criando novas oportunidades de emprego, formação e negócios.

5. Vida saudável – Inspirar pessoas em todo o país a assumirem e desenvolverem as práticas esportivas, estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis.

Todos estes pré-requisitos são controlados e certificados pela norma britânica 8901: Especificação de Sistema de Gestão de Sustentabilidade para Eventos. Além disso, os ingleses já disponibilizaram o Relatório de Sustentabilidade Londres 2012: Um caminho para a mudança, no qual estão inclusas as propostas colocadas em prática durante 2011.

O Rio de Janeiro sediará os jogos olímpicos seguintes aos de Londres e a intenção do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é de que a sustentabilidade também esteja presente em todo o projeto nacional. O mesmo está ocorrendo nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014, que pretende se tornar a “Copa Verde”. Com informações do London 2012.
Fonte: jma

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Ecossis realiza Relatório Ambiental Simplificado – RAS para a Eletrosul Centrais Elétricas

Parque Eólico trará grandes benefícios para Santana do Livramento e região.

A Ecossis Soluções Ambientais realizará para Eletrosul Centrais Elétricas, estudos de complementação de um Relatório Ambiental Simplificado – RAS do parque Eólico Coxilha Negra, localizado na cidade de Santana do Livramento, na fronteira com Uruguai.

O Relatório Ambiental Simplificado - RAS é uma das exigências do Ibama, órgão licenciador, para obtenção do licenciamento do parque Eólico Coxilha Negra, usina de energia eólica, que será implantada em Santana do Livramento, pertencente à Eletrosul.

A implantação do parque Eólico trará grandes benefícios para Santana do Livramento e região, pois “produzirá atividade econômica e renda ao município”, acrescentou o biólogo Cássio Sartori.

Para elaboração do RAS será feita uma classificação dos ecossistemas da paisagem existente, um mapeamento dos locais de ocorrência de cactáceas endêmicas, raras ou ameaçadas, entre outros. Fazem parte da equipe, o biólogo Cássio Sartori e o ecólogo Daniel Dutra.

* Lenize Lopes

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Meteorologistas preveem 2012 entre os 10 mais quentes desde 1850

Onda de calor de 2010 na Europa fez com que tchecos se banhassem em rios como o Berounka, perto de Praga.

Este ano pode se tornar um dos dez mais quentes desde 1850, com temperaturas globais quase 0,5 grau Celsius mais elevadas que a média registrada no período 1961-1990, afirmou o Departamento de Meteorologia da Grã-Bretanha (Met Office) nesta quarta-feira. O Met Office e a Universidade de East Anglia divulgaram no mês passado dados preliminares mostrando que 2011 foi o 11º ano mais quente já registrado, 0,36 grau Celsius acima da média de longo prazo aferida entre as décadas de 1960 e 1990, que foi de 14 graus.

Os meteorologistas previram que em 2012 o desvio acima da média será de 0,48 grau, com uma margem de erro de 0,14 grau para mais ou menos. "Em 2011, vimos um fortíssimo La Niña (fenômeno climático caracterizado pelo resfriamento das águas no Pacífico equatorial), que pode resfriar temporariamente as temperaturas globais."

"O La Niña voltou, e embora não seja tão forte quanto no começo do ano passado, ainda assim deve influenciar as temperaturas, (e) esperamos que 2012 seja ligeiramente mais quente do que no ano passado, mas não tão quente quanto 2010", disse Adam Scaife, chefe do departamento do Met Office que realiza previsões de longo prazo. O Met Office disse que suas cifras relativas a 2011 foram parecidas com as publicadas pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que estimou a temperatura do ano passado em 0,41º grau acima do normal.

A OMM considera que 2010 foi o ano mais quente já registrado, e todos os 12 anos mais quentes da história foram entre 1998 e 2011. O Met Office também inclui 1997 entre os 12 mais quentes. As estimativas da OMM se baseiam em dados do Met Office, do Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos e do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da Nasa.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Mato Grosso aumenta em 20% o índice de desmatamento

O Ibama realizou uma operação no Mato Grosso que resultou na aplicação de mais de R$ 3,5 milhões em multas e no embargo de 700 hectares de áreas desmatadas ilegalmente, o local equivale a 700 campos de futebol.

A Operação Custódia Juína foi realizada principalmente no noroeste do estado, local onde os satélites captaram um grande número de desmatamento em 2011. O estado desmatou, neste ano, 1.126 quilômetros quadrados de floresta. O número representa um aumento em 20% em relação ao ano anterior, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Todas as ações concentram-se nos municípios de Colniza e de Juara, próximos à região conhecida como Três Fronteiras, na divisa entre Mato Grosso, Amazonas e Tocantins. Segundo o Instituto Ambiental, nestes locais o desmatamento está ligado à exploração ilegal de madeira. A operação teve apoio de agentes do órgão ambiental de Minas Gerais, do Tocantins e Rio Grande do Norte, além de equipes Cuiabá, Juína e Aripuanã.

De acordo com o chefe de fiscalização do Ibama em Juína, Edilson Paz Fagundes, a falta de licenciamento e de regularização fundiária são dois grandes problemas na fiscalização, pois os responsáveis dificilmente são localizados.

No mesmo local houve outras operações ambientais este ano, inclusive, coordenadas pelo Ibama. Só entre outubro e novembro, o órgão aplicou uma multa de R$ 2,6 milhões na região de Colniza por desmatamento ilegal. Na época, empresas do setor madeireiro também foram punidas por exercerem atividades sem licenciamento ambiental ou por descumprirem alguma determinação do Instituto. Com informações do G1 e Agência Brasil.

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