quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Brasil precisará investir R$ 450 bilhões no setor elétrico nos próximos 20 anos, afirma presidente da Eletrobras

O presidente da Eletrobras, José da Costa, previu, na quarta-feira(24), em Florianópolis, que o setor elétrico brasileiro terá que investir cerca de R$ 450 bilhões, nos próximos 20 anos, para enfrentar o desafio de gerar e transmitir energia com qualidade e sustentabilidade, a fim de garantir o desenvolvimento e o bem-estar dos brasileiros. A previsão de Costa foi feita durante apresentação na abertura dos trabalhos técnicos do XXI Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE), que está sendo realizado na capital catarinense até quarta-feira (26).

A geração de energia, segundo José da Costa, terá que saltar de 109.500 MW, em 2010, para 236 mil MW, em 2030. Para se ter uma ideia, em 1990, a energia elétrica gerada no país foi de 50 mil MW. Ou seja, nas próximas duas décadas, o setor elétrico brasileiro terá que elevar a sua capacidade de geração mais de duas vezes o que aumentou nas duas décadas anteriores.

Para vencer esse desafio, o presidente da Eletrobras acredita num mix que utilize todas as fontes energéticas, embora ainda com larga predominância da hidreletricidade. Nos próximos 20 anos, José da Costa aposta numa imensa expansão da energia eólica – que saltaria dos atuais 800 MW para 13.500 MW, numa variação de 1.587% –, seguida da biomassa, que sairia dos 4.500 MW registrados em 2010 para 22.300 MW, em 2030, numa elevação de 395,5%. No mesmo período, a energia hidrelétrica variaria 90,7% – de 75.800 MW para 144.600 MW.

Em sua análise, José da Costa disse acreditar também que, nos próximos 20 anos, a energia fotovoltaica se firmará como uma opção e, por isso, defende que o Brasil domine todo o ciclo dessa fonte, como já faz com a energia nuclear. "Temos que dominar da mineração à geração final da energia", afirmou.

Transmissão

Outro desafio para o setor elétrico brasileiro, na opinião do presidente da Eletrobras, é o sistema de transmissão. Único no mundo, o sistema brasileiro também passará por uma grande evolução nos próximos 20 anos.

O aumento dessa malha, que sairá de 96 mil quilômetros, em 2010, para 182 mil quilômetros (mais 89,6%), implicará num grande esforço tecnológico, segundo José da Costa, com forte pesquisa para o desenvolvimento de sistemas em corrente contínua, que possibilitem levar energia por longas distâncias de maneira confiável.
Fonte: Eletronorte

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