sexta-feira, 15 de abril de 2011

Produção de biocombustíveis pode ser antiética?

É o que afirma grupo de cientistas ingleses. Um relatório divulgado ontem, feito por uma importante instituição composta de importantes cientistas ingleses, diz que a produção de biocombustíveis é antiética e prejudica o ambiente. O estudo do Conselho Nuffield de Bioética culpa as políticas atuais da Grã-Bretanha e da Europa por não conseguirem proteger o ambiente, reduzir as emissões de gases estufa e evitar a violação de direitos humanos em países em desenvolvimento.

O trabalho, que levou 18 meses para ser concluído, aponta o desflorestamento e o deslocamento de comunidades indígenas como perigos da expansão rápida da produção de biocombusíveis nesses países. Diz que a meta européia, de ter 10% do combustíveis de transportes de fontes renováveis até 2020, levou à importação de biocombustíveis de países que não tem políticas consistentes de mudança de clima ou direitos humanos. E recomenda uma série de normas éticas: elas incluem a condição de que os biocombustíveis sejam ambientalmente sustentáveis, que reduzam as emissões de gases estufa e que isso não seja feito a custa de direitos humanos - relata o Environmental Data Interactive Exchange.

"Entendemos as dificuldades na aplicação de princípios éticos firmes no mundo real, mas as políticas existentes de biocombustíveis estão falhando", disse a professora Joyce Tait, que dirigiu o estudo. "Podemos estabelecer padrões na Europa e encorajar o resto do mundo a seguí-los. Este é um problema global que precisa de uma solução global".

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