A Associação Internacional de Hidroenergia (IHA, na sigla em inglês) acaba de lançar uma ferramenta que, em sua essência, pretende contribuir no planejamento e na construção de hidrelétricas em compromisso com o meio ambiente. Chamada de “Protocolo de Sustentabilidade”, trata-se de uma série de exigências socioambientais elaboradas por construtoras, entidades governamentais e ONGs que irá estabelecer um ranking classificatório dos empreendimentos, medindo o impacto das usinas na comunidade afetada e no meio ambiente.
Quem explica como funcionará esse protocolo é Pedro Bara Neto, coordenador de infraestrutura da Iniciativa Amazônica Viva, da Rede WWF-Brasil. "Será elaborada uma série de perguntas e respostas, as quais receberão um ranking. Se o projeto for mal classificado, ou seja, tirou nota baixa, significa que existe uma insatisfação por parte da sociedade".
"A adesão será voluntária, mas se a ideia tiver apoio de bancos e ganhar a confiança de todos, as agências financiadoras poderão no futuro até levar em consideração o resultado na hora de emprestar dinheiro a projetos que não tiveram boa classificação", destaca Bara Neto.
Para Joerg Hartmann, que liderou a participação da WWF na construção do Protocolo, “trata-se de um mecanismo a mais para comunidade que garante que suas demandas sejam levadas a sério desde os primeiros passos do empreendimento e não após a tomada de decisões cruciais pelos governos e companhias". O ambientalista afirma ainda que, a solução também será útil para as empresas. "Trata-se de uma ferramenta que evitará uma aventura por "elefantes brancos" que irão provocar conflitos desnecessários e prejuízos futuros”.
De acordo com Hartmann, a Rede WWF assume o compromisso de apoiar este processo e garantir que os estudos baseados no protocolo sejam confiáveis e que a ferramenta seja usada para promover mais sustentabilidade - e não para o chamado "greenwash" ou "banho de sustentabilidade”.
O Protocolo de Sustentabilidade da IHA considera quatro componentes: o planejamento, preparação, implementação e operação dos empreendimentos hidrelétricos. A ferramenta recebeu oficialmente o aval dos membros do órgão na última quinta-feira (16/6), durante o congresso da entidade, em Foz do Iguaçu (PR).
Fonte: Jornal da Energia
Fonte: Jornal da Energia
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