quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pagar mico no Facebook estimula reciclagem

O que você jogaria no lixo, se todos estivessem olhando? Estudantes da Newcastle University, no Reino Unido, desenvolveram um aplicativo no Facebook que “dedura” o que os internautas estão descartando nas lixeiras de suas casas e concluíram que, quando estão sendo vigiadas, as pessoas pensam duas vezes antes de jogar na lixeira o que não é, realmente, lixo. Será mesmo?

O app, batizado de BinCam*, faz parte de um experimento dos estudantes para descobrir o que realmente faz as pessoas mudarem seus hábitos: a preocupação com o meio ambiente ou o medo do que os outros irão pensar delas, caso não ajam corretamente.

O teste funciona assim: eles distribuíram pequenos smartphones para quatro estudantes da Newcastle University – Gobbler, Summerhill, Osama e Oscar –, que se comprometeram a instalar o aparelho na parte de dentro da tampa de suas lixeiras domésticas. Cada vez que o lixo é aberto, o telefone tira uma foto do que foi depositado lá dentro e a imagem é enviada, em tempo real, para a página dos jovens no Facebook. Em seguida, o app analisa o lixo e informa se os jovens estão, de fato, descartando na lixeira, apenas, materiais que não podem ser reciclados ou reaproveitados.

A grande sacada do experimento é que, ao disponibilizar essas informações na rede, os amigos dos estudantes – e, até mesmo, nós, se instalarmos o aplicativo – passam a saber o que eles estão jogando no lixo e, consequentemente, cobram mais consciência dos jovens, que, por sua vez, confessam que estão bem mais atentos aos princípios da reciclagem, com medo de passar vergonha no Facebook. Conclusão: a quantidade de lixo diminuiu consideravelmente na casa dos “cobaias”, segundo os estudantes que estão coordenando o projeto.

A iniciativa, por enquanto, é apenas um experimento universitário, mas já tem gente interessada em estudar o projeto para encontrar uma maneira de torná-lo viável para todos e, assim, utilizar a exposição do Facebook como ferramenta para o estímulo à mudança de hábito. Será que essa é a única solução? 
Fonte: Planeta Sustentável

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