Animais silvestres no Pantanal de Mato Grosso do Sul procuram refúgio em poucas áreas que permaneceram secas após uma cheia que isolou sedes de fazendas e prejudica a retirada de rebanhos por caminhões boiadeiros. A cheia atingiu a estrada parque, um corredor turístico e rota comum de pecuaristas. “Está ficando complicado, todo mundo está indo embora. Não tem mais o que fazer”, diz o pecuarista Marcos Wanderley. “De um dia para o outro se nota, mais ou menos, um palmo de altura acima do aterro”.
Um trecho da estrada mais parece a correnteza de um rio. A via, que tem 130 quilômetros, está com um trecho de 70 quilômetros interditado. Pontes foram levadas pela força da água. A situação da estrada dificulta a retirada de gado. “A situação está muito difícil. É muita água, as pontes não dão condições para trabalhar. Essa época é um sofrimento”, conta o caminhoneiro Antonio Carlos de Queiroz. Do outro lado do rio, caminhões estão cheios de bois debilitados. Um bezerro fraco é pisoteado por outros animais em um dos caminhões. “
O estado do gado que estamos transportando é fraco porque está preso, sem comer”, diz o caminhoneiro Paulino Campos. Alguns animais nadam sem rumo, buscando um pedaço de terra seca para se abrigar. Outros não resistiram à falta de comida e morreram. “É terrível. Uma coisa que os próprios pantaneiros nunca viram igua. Animais morrendo, pessoas ilhadas sem terem condições de se mover”, diz o pecuarista Catarino Gimenez.
Fonte:G1
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